Após disputar a 15ª final com a camisa do Minas e de ganhar, pelo terceiro ano consecutivo, o troféu de melhor líbero da temporada da Superliga masculina de vôlei, Maique foi convocado pelo técnico Renan Dal Zotto para a Seleção Brasileira. A apresentação será na próxima segunda-feira, dia 8, em Saquarema (RJ). Se, por um lado, o título da competição nacional não veio, por outro, Maique só tem motivos de se orgulhar do elenco do Itambé Minas.
– Mais uma premiação individual selando meu trabalho, minha temporada. É muito gratificante, tenho muito orgulho de tudo o que entreguei nessa temporada, que trabalhei, e mais orgulhoso ainda da minha equipe. Se não fosse pelos companheiros, a nossa união, isso não seria possível – disse Maique, que terminou a Superliga com 72% de eficiência na recepção, de acordo com as estatísticas da competição e com o contrato renovado.
– Recebi algumas propostas de clubes europeus (Polônia e França) e até mesmo do Brasil. Mas o Minas é a minha casa. Sei que um dia eu vou sair, vou ter de buscar novos desafios. Mas, hoje, o Maique sem o Minas não é o Maique e optei por ficar. Aqui também estou perto da casa dos meus pais. Querendo, ou não, já são oito anos e tenho uma estabilidade. O clube me valoriza, sempre acreditou no meu trabalho, e vai montar uma equipe competitiva. É um combo completo.
Na decisão do título da Superliga 22/23, no domingo passado, o Itambé Minas acabou derrotado pelo Sada Cruzeiro por 3 sets a 0.
– É uma prata com gostinho de ouro. Independentemente do resultado, valeu tanto o momento, foi tão especial. Minha família também estava presente no ginásio e foi a primeira final que eles conseguiram ir e acompanhar de perto. Essa prata selou o ciclo de um grupo muito especial, de todo um trabalho, o empenho da nossa equipe, a temporada magnífica que a gente teve, mesmo com altos e baixos. Não tenho palavras para definir. Foi um momento de milhões de emoções ali acontecendo – disse Maique.
A final foi marcante para o Itambé Minas pelas aposentadorias do levantador William e do oposto Leandro Vissotto, além das despedidas do ponteiro Henrique Honorato, do central Matheus Pinta e do técnico Nery Tambeiro, entre outros.
– A gente sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer. Foi uma honra trabalhar com eles durante esses anos. Desejo toda a sorte para eles. Merecem o mundo e sabem disso. Amo muito todos eles. O grupo vai ser reformulado, vamos receber novos atletas, que vão virar amigos, virar uma família. E o esporte é isso. Espero que seja uma temporada muito gostosa também. Que venham pessoas para agregar à equipe, não só no lado profissional, mas fora também – disse Maique.