Niverka Marte, levantadora e capitã da seleção da República Dominicana, está grávida de três meses. E a maternidade não fará com que ela seja um desfalque da equipe na disputa da Liga das Nações (VNL), a partir da primeira semana de junho. A confirmação da presença dela em quadra foi feita pelo técnico brasileiro Marcos Kwiek, neste fim de semana.
– Ela decidiu, obviamente, com respaldo médico. Não foi algo que eu impus. A decisão foi dela – disse Kwiek.
De acordo com a imprensa local, Marte, de 34 anos, decidiu não falar sobre o tema. Ela é uma das jogadoras mais experientes do atual elenco da República Dominicana, tendo iniciado a trajetória na equipe adulta em 2008, praticamente ao mesmo tempo da chegada de Kwiek ao país caribenho.
Para o brasileiro, a presença de uma atleta grávida não será uma novidade. A ponta Bethania de la Cruz, ao final de 2010, seguiu jogando com cinco meses de gravidez, algo que voltou a se repetir com a líbero Brenda Castillo em 2018.
– Niverka não é atacante. Bethania jogou grávida até os cinco (meses), sacando viagem. É diferente – comparou Kwiek.
A posição de levantadora na República Dominicana já vem sendo trabalhada para uma futura transição. Arianna Rodríguez, de apenas 19 anos e apontada como uma das principais revelações do país como oposta, vem fazendo a transição para mudar de posição. Outra atleta da posição é Camila de la Rosa, 23 anos, que também atua na NCAA nos Estados Unidos.
SUPERLIGA
Na recém-encerrada Superliga, a gravidez da levantadora Pri Heldes, do Fluminense, foi muito comentada, furando a bolha do vôlei. A jogadora revelou ter decidido seguir em quadra inspirada em outros casos no Brasil, como os de Isabel, Paula Pequeno, Fabíola, Elisângela, entre outras.
– Eu sabia que era possível, e elas ainda foram antes. Hoje, sabendo da evolução da medicina, que tudo está ao nosso favor, que temos meios de conseguir conciliar as duas coisas – comentou Pri à ESPN.