Thaisa tem a renovação de contrato com o Itambé/Minas muito bem encaminhada para a temporada 2020/2021. Uma informação até certo ponto lógica pelo desempenho da jogadora de 32 anos.
Na minha opinião, a central foi a melhor jogadora da Superliga Banco do Brasil 2019/2020. Uma visão compartilhada por comentaristas em transmissões na TV e fãs não apenas do Minas. Thaisa teria uma boa chance de ser oficialmente eleita a MVP caso a competição tivesse os playoffs disputados.
A parceria com Macris funcionou até de forma rápida. Para um time que foi campeão de quase tudo, na temporada anterior, com uma dupla poderosa de ponteiras (Natália e Gabi), a transição para um jogo mais constante com as centrais não é simples. Mas Thaisa e Macris se entrosaram e ganharam confiança no decorrer da campanha. Sem contar a dominância no bloqueio e a liderança que exerce.
Ciente disso, o Minas agiu com rapidez no mercado para blindá-la. Um movimento óbvio e correto.
A temporada fez também com que Thaisa reconquistasse espaço na Seleção Brasileira, pensando na Olimpíada de Tóquio. Hoje, teria vaga no meu time olímpico, como titular.
Vê-la novamente em altíssimo nível é o resultado de muita dedicação e esforço para a recuperação de uma gravíssima cirurgia no joelho. Imagino o quanto manter a mente sã, em um cenário no qual muitos indicaram como fim de carreira, foi difícil para Thaisa.
Por Daniel Bortoletto