Foram 71 pontos de bloqueio ao longo da temporada da Superliga masculina de vôlei 22/23 e a segunda posição de melhor bloqueador na competição, atrás apenas de Judson, do Suzano, com 76 acertos. Assim o central Michel encerrou sua participação após a eliminação do Farma Conde/São José nas semifinais para o Sada Cruzeiro. Michel também foi o terceiro maior pontuador do time na competição, com 253 pontos, atrás do ponteiro Douglas Souza e do oposto Sánchez.
– Estou muito feliz com o meu desempenho. Sempre me entrego demais em toda temporada, mas essa eu não sei explicar, foi especial. Acho que ter um técnico e um auxiliar da mesma posição que a minha me fez evoluir muito, porque eles falavam o tempo todo e me corrigiam. Explicaram muito sobre como bloquear mais e como eu poderia melhorar o ataque também. Claro que ainda tenho muito para evoluir, mas saio muito satisfeito – disse Michel.
O Farma Conde/São José terminou em terceiro lugar na Superliga 22/23, com 18 vitórias em 26 partidas.
– Estou muito feliz com o desempenho da nossa equipe. No final de janeiro perdemos o Robert, que era o nosso ponteiro titular, e durante a temporada fomos punidos com cinco pontos por conta de uma escalação irregular. Porém, chegamos na final da Copa Brasil e na semifinal da Superliga que era o objetivo do clube. Acredito que alcançamos o objetivo que foi traçado e isso dá uma sensação de dever cumprido. Mas, é claro, que também fica uma frustração pois vimos que podíamos ter chegado na final – disse Michel.
Na primeira partida das semifinais contra o Sada Cruzeiro, em Contagem (MG), a equipe paulista chegou a abrir uma vantagem de 2 sets a 1, mas viu o adversário reagir e ganhar por 3 a 2.
– Essa quase vitória lá ficou entalada e nos trouxe muita frustração. A gente sabia que, se quisesse vencer a série, teríamos que ganhar o primeiro jogo, e estivemos muito perto disso. Acho que o psicólogico falou mais alto e, consequentemente, não conseguimos executar nada do que havíamos planejado – afirmou o central.
Agora, Michel vive a expectativa de uma convocação para a temporada com a Seleção Brasileira.
– Creio que um dia estarei lá. É um sonho muito aguardado e espero que se concretize. Ao mesmo tempo, às vezes me sinto pequeno demais quando olho para os centrais brilhantes que temos no Brasil. Apesar de que também percebo que, pelos números que tenho apresentado durante essas temporadas jogando aqui no Brasil e fora, pode acontecer – concluiu o jogador de 29 anos.