Tricampeã olímpica, Mireya Luis está no Brasil para uma série de clínicas de vôlei. A histórica jogadora cubana é crítica ao analisar as perspectivas do vôlei em seu país. Ela acredita que atletas e dirigentes precisam definir um objetivo se quiserem retomar resultados positivos como no passado.
– Penso que todos os cubanos são especiais. Os cubanos querem fazer tudo com excelência, como médicos, atletas, em todas as áreas. Mas no vôlei, se seguirmos como estamos, não alcançaremos o protagonismo. Temos que mudar muitas coisas. Temos que retomar outras e temos que ter objetivos sérios, bem definidos e com foco em resultados – avaliou a ex-jogadora, durante evento do Circuito Sesc Verão, ao Web Vôlei.
Mireya, de 56 anos, foi campeã olímpica nos Jogos de Barcelona-1992, Atlanta-1996 e Sydney-2000. Além disso, conquistou quatro Copas do Mundo, dois Campeonatos Mundiais e duas edições do Grand Prix. Com muita experiência no esporte e considerada a maior atleta de voleibol de todos os tempos, ela crava: ainda não viu nenhum time jogar de forma semelhante à seleção cubana dos anos 1990 e 2000.
– Não, não vejo, definitivamente não vejo. O voleibol mundial tem crescido muito de nível, há equipes muito qualificadas, mas com aquela característica de Cuba, não vejo – acrescentou Mireya.
Por fim, ela destacou que é apaixonada pelo Brasil e elegeu uma grande fã no voleibol brasileiro:
– Uma jogadora que gosto muito na atualidade é a Thaisa. É uma jogadora forte, com muita liderança. O Brasil, para mim, é especial, não só no voleibol, mas no geral, pela beleza das pessoas, por sua cultura, por seu acolhimento, pela geografia, pela diversidade de cores. Sou muito encantada pelo Brasil. Estar aqui em um projeto tão importante como esse do Sesc Verão é maravilhoso – concluiu Mireya.