O início da Olimpíada de Paris está cada vez mais próximo. E o sonho de mais medalhas olímpicas no vôlei e no vôlei de praia passa por uma pequena região perto da capital da França. Ocupando uma área de seis mil quilômetros quadrados e com um milhão de habitantes, Moselle está situada a Nordeste do país e fica a quase duas horas de trem de Paris.
Nesta última sexta-feira (5/7), o Web Vôlei esteve no local para conhecer o CT e abre agora uma série de reportagens sobre o equipamento esportivo. As instalações do centro de treinamento Academos estará à disposição das seleções de vôlei durante um bom tempo. O acordo entre a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e Moselle vai até 2028.
MOSELLE
Até bem pouco tempo atrás, a região só ganhava destaque nas mídias esportivas por conta do time feminino de handebol da capital Metz, que é o maior campeão francês com 40 títulos, e com a equipe masculina de futebol, que tem o mesmo nome da capital de Moselle e disputa a primeira divisão do Campeonato Francês.
Mas, a partir de agora, esta região passa a ter uma forte ligação com o Brasil. Moselle virou a casa do vôlei brasileiro na Europa. A região modernizou as instalações esportivas em Verny, que fica a 15 minutos de carro do centro de Metz. O Centro Esportivo Academos foi moldado para ser a Saquarema do vôlei brasileiro na Europa.
A vice-diretora geral do Departamento de Esportes e Juventude de Moselle, Françoise Bataillon, afirmou que a região está muito satisfeita com a troca de informações esportivas e técnicas que faz com a CBV.
– O que podemos oferecer é o nosso serviço e nossas instalações. Queremos continuar a proporcionar esta parceria no âmbito social e educacional. O esporte está no centro de todos os desafios da nossa cidade – revelou Françoise Bataillon.
– Esta parceria originou a construção de parte deste centro. E sabemos que ainda tem muita coisa para melhorar por aqui. O Academos é o carro-chefe da política esportiva de Moselle – completou.
A escolha de Moselle foi feita por ser um ponto estratégico para o Brasil. Para jogos internacionais na Ásia, por exemplo, não haverá um desgaste com viagem tão grande quanto se a seleção tivesse de sair do Brasil diretamente para o destino, fazendo escala e aclimatação na Europa. O auxiliar-técnico da Seleção masculina, Giuliano Ribas, o Juba, fez um comparativo entre os Centros de Treinamentos de Academos, em Moselle, e de Saquarema, no Rio de Janeiro.
– Saquarema é maior e comporta mais o nosso estilo de treinamento e flexibilidade de horários. Mas aqui a gente consegue dar condições muito importantes para os atletas ficarem focados e pensarem somente em se desenvolver no vôlei. A gente está muito feliz em termos achado um centro de treinamento muito parecido com o nosso no Brasil – explicou Juba.
Por Marcio Arruda, em colaboração ao Web Vôlei em Metz