O Campeonato Mundial sub-19 feminino acabou na última sexta-feira, marcando o bicampeonato da seleção dos Estados Unidos. A edição de 2023 foi a primeira como “sub-19” já que anteriormente a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) adotava o limite de idade sub-18. Outra diferença foi que o torneio ocorreu em dois países, Croácia e Hungria, fato que jamais ocorrera antes.
O torneio terminou com diversas histórias interessantes. Uma delas, o título invicto de uma jovem equipe americana, que mesmo com pouca rodagem internacional e várias atletas com apenas 16 anos, conseguiu subir no lugar mais alto do pódio. O técnico Jamie Morrison destacou o empenho do grupo:
– Tivemos seis dias para treinar e nos preparar para o torneio, então fomos melhorando aqui na correria, dia a dia, jogo a jogo.
Mesmo com a derrota na final, a Turquia também comemorou a medalha de prata. O último pódio da seleção turca havia sido no título de 2011, ou seja, 12 anos atrás. Enquanto na disputa do terceiro lugar, a Itália não perdeu seu lugar no pódio, algo que repetiu nas últimas quatro edições. A medalha não veio, mas a seleção japonesa também teve motivo de sobra para comemorar, já que o quarto lugar foi o melhor resultado de uma geração japonesa no Mundial da categoria desde a virada do milênio.
A Seleção Brasileira, comandada por Guilherme Schmitz, terminou na 7ª posição, longe do que a torcida queria, de fato. Apesar de necessária, a reflexão não pode sentenciar a carreira das jovens que estiveram em quadra representando o país. Mesmo sabendo que o potencial dessa geração poderia ter representado resultados melhores, olhar apenas para o resultado não seria justo. Resta o aprendizado, entender o que precisa ser melhorado para que essas jogadoras consigam brilhar ainda mais quando estiverem na categoria sub-21 e no futuro do esporte nacional.
O desempenho demonstrado ao longo dos nove jogos foi positivo. O fator bloqueio foi o que mais chamou à atenção; a Seleção Brasileira foi a equipe com maior número de bloqueios em todo o torneio (118 no total). As centrais Luana (27 blocks) e Juliana Palhano (23) foram destaques e figuraram no top 10, em 3º e 8º, respectivamente.
Confira abaixo a lista das pontuadoras do Brasil:
Larissa Brandão (Oposta): 109 pontos (88 ataques, 11 blocks e 10 aces)
Isabella Rocha (Ponteira): 106 (85 ataques, 15 blocks, 6 aces)
Vittoria Kuehne (Ponteira) 106 (89 ataques, 11 blocks, 6 aces)
Luana (Central): 61 (27 ataques, 27 blocks, 7 aces)
Juliana Palhano (Central): 51 (22 ataques, 23 blocks, 6 aces)
Rebeca (Ponteira): 49 (39 ataques, 6 blocks, 4 aces)
Giovana (Central): 30 (15 ataques, 13 blocks, 2 aces)
Manoela Forlín (Oposta): 29 (26 ataques, 2 blocks, 1 ace)
Maria Luiza (Levantadora): 23 (04 ataques, 10 blocks, 9 aces)
Mikaela (Ponteira): 3 (ataques)
Amanda (Levantadora) 2 (aces)
Veja também, a classificação final do Mundial Sub-19 feminino 2023:
1 – Estados Unidos
2 – Turquia
3 – Itália
4 – Japão
5 – Croácia
6 – Tailândia
7 – Brasil
8 – Bulgária
9 – Argentina
10 – China
11 – Coreia do Sul
12 – Polônia
13 – República Dominicana
14 – Porto Rico
15 – Hungria
16 – Egito
17 – Sérvia
18 – México
19 – Canadá
20 – Peru
21 – Alemanha
22 – Camarões
23 – Chile
24 – Nigéria
Por Robson Leal, em colaboração ao Web Vôlei