O técnico do Fiat/Minas, Nery Tambeiro, lamentou a atuação da sua equipe, que ficou com a quarta colocação no Sul-Americano de Clubes, encerrado no último sábado, com o Sada/Cruzeiro conquistando o sexto título na competição.
Anfitriões, os minastenistas tiveram atuações abaixo do esperado nas derrotas por 3 sets 0 na semifinal contra a UPCN, e por 3 sets a 1 para o Obras de San Juan, na disputa pelo terceiro lugar.
E isso fez o comandante do Minas ligar o sinal de alerta. Veja abaixo a análise dele ao Web Vôlei após o torneio continental:
O QUARTO LUGAR DO MINAS
– A gente não jogou e não teve o resultado que queria. Na decisão do terceiro lugar a equipe poderia ter dado muito mais, perdemos a oportunidade ali no terceiro set que deixamos escapar e aí temos muitos jogadores que ainda estão se deixando abater por isso. É uma pena, porque a gente teve uma oportunidade incrível, de fazer um resultado dentro de casa, de concretizar um trabalho bom que estamos fazendo e deixamos escapar. A casa bonita, cheia, para ver o espetáculo e nós não aproveitamos isso.
ENSINAMENTOS
– O que resta é aprender com essas coisas e não deixar de novo escapar porque uma coisa é escapar com a gente dando o máximo. Outra coisa é as pessoas olharem e não verem a nossa equipe dando o máximo. Se a gente deixa tudo lá dentro (da quadra) e perde, é uma coisa. Mas tenho certeza que nós tínhamos muito mais para dar . E isso frustra. É um aprendizado doloroso, mas é o que nos resta.
AMADURECIMENTO
– Esse grupo foi o escolhido pelo Minas para investir. Tanto é que nós não fizemos grandes contratações para poder botar esses meninos na quadra e amadurecer ali dentro. Mas o mínimo que se espera deles é que eles deem o máximo. E na disputa do terceiro lugar muitas vezes a gente olhava a fisionomia dos atletas e eles estavam abatidos com os erros que faziam. Na tentativa de fazer com que a coisa saísse, a coisa não saia, e se frustravam um pouco. Isso é uma coisa que eles têm de aprender, é vender a imagem deles. Embora a coisa esteja adversa, eles têm de saber que têm de ter uma postura ali dentro condizente com a profissão deles. Temos uma Superliga pela frente, para fazermos o nosso melhor. Temos boas possibilidades de fazer um grande resultado e não podemos deixar isso nos abater. O que nos resta é trabalhar.
BRIGA PELO QUARTO LUGAR NA SUPERLIGA
– Hoje não depende mais só da gente. Se nós fizermos nove pontos e o Sesc ganhar as duas partidas que faltam, a gente não os alcança mais. Uma das partidas deles é contra o Sada/Cruzeiro. Se eles não pontuarem nestes jogos, temos a possibilidade de ao menos empatar e aí vai uma questão de sets average. É uma conta matemática que eu não quero me preocupar. Quero que a equipe chegue bem, faça o seu melhor.
TRABALHAR O LADO MENTAL
– A gente deixou escapar uma oportunidade. É com isso que eu fico triste, porque os atletas se dedicam tanto no dia a dia do treinamento e na hora que tem de ratificar uma coisa, não ratifica. Mas, vamos para cima, jogo a jogo, temos praticamente três jogos em uma semana e temos de nos superar para fazer o melhor. A gente trabalha muito o lado mental, conversa, motiva. A questão é que quando eles estão lá dentro e as dificuldades aparecem, não estão conseguindo sair e isso tem abalado alguns. Temos de dar ferramentas para esses atletas para poderem sair dessas dificuldades. Se não estão saindo, é porque não estão prontos. Temos de rever tudo isso, ver a dificuldade de cada um para poder ajudá-los. Cada um quer dar o seu melhor, mas se não consegue, nós temos de ver o motivo e tentar ajudar.
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