Earvin Ngapeth foi o primeiro jogador da França a deixar a quadra da Arena Paris Sul, nesta quarta-feira (8/8), depois da vitória na semifinal olímpica contra a Itália. Emocionado, encarou um paredão de jornalistas que esperavam os donos da casa na zona mista, a área de entrevistas.
Em Paris-2024, Ngapeth vem sendo sua melhor versão em alguns anos. Nitidamente melhor fisicamente, focado e muito decisivo na campanha francesa rumo ao bicampeonato. Números ajudam a explicar.
São 84 pontos marcados pelo ponteiro, o deixando assim em terceiro lugar na lista dos maiores pontuadores, dez pontos atrás de Wilfredo Leon, o primeiro colocado. Ngapeth aparece ainda como segundo melhor bloqueador da França, com nove pontos, quatro a menos do que central Chinenyeze. Mesma posição ocupada no passe, com 56,7%, perdendo para o craque Grebennikov (58%).
Ngapeth se credencia ao posto de MVP de Paris-2024 caso os franceses conquistem o segundo ouro consecutivo. Focado no duelo de domingo, ele enalteceu o trabalho coletivo da equipe diante dos italianos.
– Sabíamos que tínhamos de jogar o jogo perfeito para vencer. E foi mais do que perfeito. Merecemos chegar à final – disse Ngapeth.
Ele ainda elogiou a maturidade da França:
– É a magia da nossa equipe. Não entramos em pânico e mantivemos a calma durante toda a semifinal, mesmo quando foi difícil, e às vezes ponto a ponto.
O ponteiro ainda aproveitou para agradecer pelo apoio da torcida durante o torneio.
– É incrível. Isso nos empurra para frente. Nas quartas de final contra a Alemanha estávamos perdendo e a torcida nos manteve dentro. É uma arena extraordinária. Tem muita gente. É uma força adicional. Falta mais uma luta para os mais bela das medalhas.
Por Daniel Bortoletto, em Paris