“Tô impressionado com o nível do vôlei”. Essa frase não é minha. Recebi do Luiz Fernando Gomes, meu ex-chefe e uma das minhas referências na profissão e na vida, na noite de sábado, via What´s App.
E o amigo LF, que revelava, na sequência da conversa, ter se transformado em mais um vôleifã após acompanhar jogos recentes da Superliga, com ginásios lotados e boas performances dos envolvidos, não sabia o que estava por vir nesta noite de domingo (3/3). A final da Copa Brasil feminina entre Dentil/Praia Clube x Gerdau Minas foi a melhor partida da temporada no vôlei nacional. Aquelas de ficar eternamente gravadas na memória.
Mais de três horas de duelo, muitas reviravoltas, rallies incríveis e a sensação, no fim, de que os dois times mereciam ficar com o caneco. O Praia abriu 2 sets a 0 com autoridade. O Minas, com Kisy assumindo a responsabilidade e o protagonismo ofensivo, reagiu, forçou o tie-break e parecia reescrever o roteiro da final do Sul-Americano. Já o tie-break teve de tudo, com um script de tirar o fôlego não apenas das torcidas envolvidas, mas de todo vôleifã presente em São José ou acompanhando o clássico mineiro pela TV.
Vai dar Praia. Vai dar Minas. Vai dar Praia de novo… A cada ponto da reta final da última parcial, mudava a percepção de quem ficaria com o título. Com 13 a 12 no placar a favor das minastenistas, um ponto fantástico que merece ser visto, revisto, reprisado… Um rally longo, com defesas de lado a lado, após mais de 3h de jogo, com as atletas já no limite físico.
Após salvar um match point, o time de Uberlândia fechou a final para conquistar um título inédito. Obrigado ao Praia e ao Minas pelo espetáculo apresentado! Viva o vôlei!
Por Daniel Bortoletto