Um acidente com o oposto Wallace marcou a rodada do Campeonato Turco neste fim de semana. No primeiro set do jogo do Spor Toto contra o Halkbank, o brasileiro trombou com um companheiro de time, na tentativa de recuperar uma bola, e um osso do dedo médio da mão esquerda saiu do lugar. Seria até uma contusão costumeira no vôlei, mas o osso deslocado rompeu a pele e ficou exposto.
Com a mão ensanguentada, Wallace precisou deixar a quadra para o atendimento, reduzir a luxação e fazer a sutura. Em contato com o Web Vôlei, ele contou detalhes da situação.
– Já estou meio acostumado com essa questão dos dedos saírem do lugar, mas desta vez foi um pouco mais sério, pois, além de sair do lugar, o osso saiu pra fora, acabou rasgando a pele. Mas agora está tudo certo – contou o campeão olímpico.
– Não fiquei assustado na hora. Fiquei bravo, pois eu sabia que eu iria ter de sair do jogo e provavelmente não iria poder voltar. Era um dos jogos mais importantes e nós precisámos ganhar. E eu sei que o time precisava de mim. Fiquei muito bravo por isso. Sobre a questão de dor, eu digo que senti mais na hora de tomar a anestesia, dos pontos, do que no momento de botar no lugar.
A partida era um confronto direto pelo quinto lugar. O Spor Toto, de Wallace, acabou perdendo por 3 sets a 0 (25-19, 25-22 e 25-23). Na classificação, o Fenerbahce lidera com 20 vitórias, seguido por Ziraat, Arkas e Galatasaray, todos com 18. O Halkbank tem 16, uma a mais do que o Spor Toto. Os quatro primeiros avançarão aos playoffs.
Na quarta-feira, o Spor Toto enfrentará o Istambul BBSK, sem Wallace. Ele quer voltar já no fim de semana.
– Não deram uma previsão de volta, mas eu acredito que no máximo sete dias já vai estar cicatrizado e não vai ter mais problema de abrir de novo. Acho que a recuperação vai ser bem rápida, é o tempo de cicatrizar a sutura que foi feita, é amarrar os dedos e ir pro estouro – comentou.
Sobre a busca da vaga aos playoffs, Wallace, quarto maior pontuador do campeonato, prevê dificuldades, mas não joga a toalha.
– Nosso time está sem o levantador turco que jogava, que se machucou também. O técnico resolveu jogar com um menino que veio da base, bem novinho. Acho que o Gelinski deve voltar a começar de novo. Meio que estamos com a corda no pescoço, mas, no fim das contas, as coisas estão indo. Poderia ser melhor, tivemos uns tropeços, mas temos de fazer nossa parte – contou o oposto, citando um dos compatriotas, que não podia ser utilizado com frequência pela regra que limita o número de estrangeiros em quadra.