O que você fazia em 2002? Se a resposta para a pergunta for dada pela ponta Karina Ocasio, ela diria: estreava em Campeonatos Mundiais adultos de vôlei. A jogadora de Porto Rico disputa, na Polônia e na Holanda, pela sexta vez seguida a competição.
Aos 37 anos, Karina carrega no sangue o DNA do vôlei. Inspirada em sua irmã mais velha Sheila, que já era jogadora da seleção na época, Karina começou sua carreira profissional em 2000, com apenas 15 anos. Duas boas temporadas no campeonato local foram suficientes para garantir uma vaga na seleção o Campeonato Mundial de 2002, que marcou o retorno do país ao torneio após 20 anos.
A partir daquele Mundial, a carreira de Ocasio decolou. Mudando de sua posição original de meio de rede para oposta, e depois para ponta, ela fez parte da maior geração de Porto Rico de todos os tempos, permaneceu na seleção nacional por 19 anos e jogou por clubes da Itália, Coreia do Sul, Turquia, China e Indonésia. Ela ainda fez história ao ajudar Porto Rico a se classificar para sua primeira aparição olímpica nos Jogos Rio-2016.
Após uma tentativa fracassada de chegar aos Jogos de Tóquio-2020, ela decidiu encerrar sua carreira internacional e continuar jogando no nível de clubes. Mas depois de levar seu clube Criollas de Caguas ao segundo lugar na liga local, Ocasio foi convidado pelo técnico Fernando Morales a retornar à seleção nacional antes da temporada 2022.
– Sempre usei essa camisa com muito orgulho e, se você acha que o time precisa de mim, ficarei honrada em usá-la novamente – disse ela na ocasião.
Ocasio voltou em grande forma, ajudando o país a terminar em terceiro lugar na Final Six da Copa Pan-Americana no início deste mês, sendo a segunda maior pontuadora do torneio. Casado com oposto Ulises Maldonado, Ocasio é um das raras atletas de qualquer esporte a participar de seis Campeonatos Mundiais.
– Desde muito nova me apaixonei pelo vôlei, tem sido minha vida. Minha irmã jogava vôlei, meu marido joga vôlei e agora minha filha também joga vôlei. Nunca imaginei que isso fosse possível, é inacreditável. Fiz muitos sacrifícios na minha carreira no vôlei. Trabalho duro dentro e fora da quadra, nutrição especial e busca por melhoria contínua foram as chaves que me mantiveram em alto nível por tanto tempo. Fui extremamente abençoada por poder ganhar a vida fazendo o que amo por tanto tempo – disse Ocasio.
