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Oito anos depois, Gattaz está de volta à VNL

Carol Gattaz não defendia a Seleção Brasileira desde 2013. Agora, quer aproveitar a chance para se firmar e ir a Tóquio
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Um rosto familiar está de volta à Liga das Nações de 2021. Aos 39 anos, oito depois de disputar a competição pela última vez, a central Carol Gattaz retorna ao torneio internacional. A capitã do Itambé Minas volta a representar o Brasil pela primeira vez desde 2013.

Gattaz é a jogadora mais velha inscrita na VNL, que começa na próxima terça-feira. O Brasil estreia contra o Canadá, a partir das 16h (horário de Brasília), na bolha da cidade de Rimini, na Itália. Confira aqui a tabela da Liga das Nações.

O retorno de Gattaz com a Amarelinha pode ser creditado às várias temporadas regulares com a camisa do Itambé Minas na Superliga. Nos últimos três anos, ela conquistou, com o time mineiro, duas Superligas, duas edições da Copa Brasil, três Sul-Americanos de Clube e chegou à final do Mundial de Clubes em 2018.

– Estou tão animada por estar de volta depois de tanto tempo, tudo é novo, me sinto da mesma forma que me senti quando fui chamada pela primeira vez – disse a camisa 2 do Brasil em entrevista ao site da FIVB publicada ontem.

– Eu sabia que, a cada ano que passava, era menos provável que eu tivesse outra chance na Seleção. Mas, meu sonho principal é jogar uma Olimpíada e quando percebi que estava me saindo bem o suficiente para isso, fui em frente. O primeiro passo foi dado, estou aqui e agora preciso continuar trabalhando para garantir meu lugar na lista – completou Carol.

Nascida em 27 de julho de 1981, Gattaz é a jogadora mais velha da VNL 2021 e pode comemorar seu 40º aniversário durante os Jogos de Tóquio – que começam no dia 23 de julho. Isso seria uma grande vitória para uma jogadora que não conseguiu jogar internacionalmente por oito anos e já havia aceitado a ideia de que nunca mais iria representar seu país novamente, muito menos aos 39 anos.

– Nunca imaginei que jogaria nesta idade – admitiu.

– Chega a um ponto em que você precisa fazer uma temporada de cada vez, porque você não sabe o que vai acontecer. E tive que mudar alguns dos meus hábitos e cuidar muito mais do meu corpo também, mas existem ótimos exemplos de outros atletas que continuam se apresentando na casa dos 40 e eu os tomo como inspiração – completou.

Carol retorna em um momento em que o técnico José Roberto Guimarães sente falta de jogadoras experientes no meio. Com a recente aposentadoria de Thaisa da Seleção e após Fabiana ter se tornado mãe há menos de dois meses, o Brasil perdeu, indiscutivelmente, duas das suas melhores opções na posição.

– Jamais poderemos substituir jogadoras como Thaisa e Fabiana e até a Walewska, porque as três foram fenomenais. Mas estou muito otimista com o grupo que temos aqui e tenho certeza que seremos capazes de manter esta posição como um dos pontos fortes da equipe – disse Gattaz.

Gattaz e Macris jogam juntas no Minas desde 2017/17 (Divulgação)

Um dos principais trunfos de Carol no seu retorno à seleção certamente é o seu entrosamento com a levantadora Macris. As duas jogam juntas no Minas desde a temporada 2017-2018 e a química fez da veterana uma das peças mais letais do ataque do time mineiro nas últimas temporadas.

– Essa conexão que temos é muito importante – acrescentou Gattaz.

– Podemos nos comunicar sem precisar dizer uma única palavra e é sempre positivo quando uma atacante tem esse tipo de relacionamento com a sua levantadora. Zé Roberto quer que joguemos rápido e isso é algo que nós duas temos em nossos jogos, então acredito que isso pode ajudar não só a mim, mas também ao time – disse a central.

– Nós nos preparamos muito bem para o VNL. Alguns não nos colocam entre os favoritos e eu entendo isso, mas somos uma equipe muito forte. Sabemos que vamos jogar contra grandes adversários, mas acredito no trabalho que temos feito e vamos lutar para ganhar medalhas tanto na VNL quanto na Olimpíada – disse Gattaz.

 

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