O “sanguíneo” Nicola Negro passou do ponto no clássico entre Dentil/Praia Clube x Itambé/Minas, nesta segunda-feira, em Uberlândia. O cartão vermelho levado pelo italiano, no tie-break, pesou para mais um resultado negativo da equipe de BH diante do arquirrival.
Nicola ultrapassou tanto o limite do aceitável durante a interrupção do jogo para checagem do árbitro de vídeo, com gestos e gritos, segundo o relato da reportagem do Sportv, presente dentro de quadra, que a reação adversária também extrapolou o “normal”. A campeã olímpica Walewska chegou a invadir a quadra do Minas para contestar e confrontar o italiano.
O semblante de algumas jogadoras minastenistas, como mostrou o Sportv2, disse tudo sem necessitar de palavras após a arbitragem aplicar o vermelho. O time havia acabado de ganhar o desafio. Teria o saque. Mais do que o ponto dado de graça para o Praia, o destempero de Nicola passa qual imagem para as atletas? Falta de controle emocional quando mais é necessário. Como ele poderia pedir o mesmo a elas naquele momento?
Não foi a primeira vez que Nicola roubou a cena por questões extraquadra. Quem não se lembra da discussão, com dedo na cara entre ele e Luizomar de Moura na Arena do Minas Tênis Clube? Foi preciso a intervenção da “turma do deixa disso” para evitar algo pior. Na semana passada, ele foi criticado ao vivo pela transmissão do Sportv por não tratar com respeito um profissional, ao fazer a opção, como prevê a regra, de não ter o áudio da TV em uma das paradas técnicas.
Na atual passagem pelo Minas, Nicola chegou desacreditado e pressionado para substituir o compatriota Stefano Lavarini, deu a volta por cima com títulos, mas tem exagerado com reações desproporcionais em diversos momentos. Com os resultados da temporada aquém do esperado, pode e deve ser questionado.
Por Daniel Bortoletto