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Osasco bate o Sesi no golden set e é campeão

Osasco derrota o Sesi Bauru no Panela de Pressão e conquista o Campeonato Paulista Feminino pela 15ª vez na história
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Deu Osasco. Num jogo emocionante, com viradas espetaculares, defesas incríveis, afrontes, encaradas e jogadoras se revezando no protagonismo das parciais, a decisão do título do Campeonato Paulista 2020 só terminou depois de 11 sets, no  golden set.

O Sesi/Bauru venceu o o Osasco/São Cristóvão Saúde por 3 sets a 2, de virada – parciais de 20-25, 25-27, 25-22, 25-21, 15-10 -, devolvendo a derrota sofrida no primeiro jogo da decisão, no José Liberatti, no sábado. No entanto, no set desempate o time do técnico Luizomar de Moura ganhou por 25 a 22, conquistando o seu 15º Estadual da história na partida que começou na noite desta terça-feira e só acabou na madrugada de quarta.

Tandara foi a maior pontuadora do jogo, com 37 pontos. Polina marcou 33. Adenízia foi gigante no bloqueio pontuando 10 vezes no fundamento. Osasco volta a comemorar, após dois anos como vice. Perdeu em 2018 para o Sesi e em 2019 para o São Paulo/Barueri.

Foi campeão o time que, no golden set, teve mais variação de ataque, entrou mais concentrado e foi emocionalmente mais equilibrado. Enquanto o Sesi dependia demais da oposta azeri Polina – que no decorrer do set foi ficando muito marcada -, Roberta dividia a responsabilidade de virar as bolas entre Tandara, Tainara, Bia, Mayany e Jaque. Bauru jogou praticamente sem as suas ponteiras.

Sesi esteve perto de protagonizar uma virada histórica. Perdia o jogo por 2 a 0 e o terceiro set por 14 a 6, mas teve forças para virar e ganhar a partida no chamado tempo normal. Adenízia e Polina comandaram a vitória. A central campeã olímpica foi monstruosa. Contagiou o time com sua já conhecida energia positiva e foi fundamental para a virada.

Brenda Castillo teve grande atuação. Fê Isis entrou muito bem no lugar da Mara, atacando com eficiência e amortecendo as bolas no bloqueio. Mas, Bauru não  contou com a ajuda das demais atacantes de segurança. Tifanny e Suelle não foram bem ofensivamente. E essa foi a grande diferença. Polina ficou muito sobrecarregada e não conseguiu levar, sozinha, a vitória no sexto set – marcou 7 pontos na parcial.

Osasco jogou quase o tempo todo com o passe na mão, com Brait brilhando no fundo de quadra. A levantadora Roberta, que vem jogando bem desde as semifinais, conseguiu distribuir bem. Tandara foi o grande nome do primeiro set, caiu um pouco nas parciais seguintes, mas ainda assim chamou a responsabilidade para si no set decisivo e fez, novamente, a diferença. Tainara fez um bom segundo set e voltou a jogar bem no sexto. Bia, até então a pagada, foi fundamental na parcial decisiva.

Polina foi uma jogadora apagada nos dois primeiros sets. Acabou substituída e só voltou para o jogo efetivamente na segunda metade do terceiro set, quando fez a diferença. Bauru sacou mal. Quando não errava, insistia em sacar na excelente Camila Brait, que passou na mão sem dificuldade. Mayany voltou a ser destaque no bloqueio e no ataque.  Bia não apareceu tanto no ataque, foi pouco acionada. Jaque fez o jogo que se espera como ponteira de preparação, e defendendo muito.

O Sesi foi, nos dois primeiros sets, um time sem confiança, abatido emocionalmente, entregue em muitos momentos. Polina ainda não é a jogadora da última Superliga. Alterna bons e maus momentos. Deu prejuízo em pontos, errando saques e desperdiçando contra-ataques que poderiam fazer o time iniciar uma reação em quadra. Mesmo assim, foi importante para a incrível virada no jogo e só sucumbiu no golden set porque era praticamente a única bola de segurança da equipe.

Tifanny esteve muito abaixo do esperado, atacando muitas bolas fora e na rede. Repetiu a atuação apagada da primeira partida da final. Era nítida a falta de confiança dela na hora de atacar. E Anderson não pôde nem substituí-la, porque a única ponteira do banco, Vanessa Janke, entrou no lugar de Suelle, que também não estava bem.

O treinador de Bauru fez de tudo. Colocou todo o banco para jogar. E funcionou para a virada. Mas, no set desempate, a “Polina-dependência” ficou muito evidente e Osasco soube tirar proveito.

Osasco São Cristóvão Saúde: Roberta (3), Tandara (37), Jaque (9), Tainara (17), Mayany (13), Bia (7) e a líbero Camila Brait. Técnico: Luizomar. Entraram: Naiane, Karine, Gabi Cândido, Paracatu (1).

Jogaram e Marcaram para o Sesi Bauru: Dani Lins (4), Tifanny (17), Suelle (6), Polina (33), Mara (6), Adenízia (22) e a líbero Brenda Castillo. Técnico: Anderson Rodrigues. Entraram: Carol Leite, Fê Isis (3), Vanessa Janke, Maria Luiza (2) Pamela (1), Julia.

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