A Associação de Praticantes Médicos de Tóquio é mais uma entidade de saúde a contestar a realização da Olimpíada, prevista para começar em 23 de julho. Em um manifesto lançado nesta terça-feira, ela alerta para a ocupação de leitos na rede de hospitais da capital do país.
A carta foi enviada ao primeiro-ministro Yoshihide Suga no dia 14 e publicada ontem.
“Nós solicitamos veementemente que as autoridades convençam o COI (Comitê Olímpico Internacional) de que realizar as Olimpíadas é difícil e obtenham sua decisão de cancelar os Jogos”, diz a Associação de Praticantes Médicos de Tóquio, que representa seis mil profissionais de saúde.
Dias atrás, o sindicato dos médicos também pediu para a Olimpíada não seja realizada. Atualmente, o Japão apresenta cerca de seis mil casos diários de contaminados por coronavírus. A região de Tóquio está sob estado de emergência, com o país ainda com baixo número de imunizados pela vacina: cerca de 3%.
Por outro lado, o Comitê Olímpico Internacional tem demonstrado otimismo na imunização de atletas, comissões técnicas e profissionais que trabalharão em Tóquio. O COI tem enviado vacinas para os países e acredita que 80% dos envolvidos nos Jogos estarão vacinados.