O sonho do bicampeonato olímpico da França esteve por um fim. Mas, com susto, a equipe da casa segue para a semifinal depois da virada para cima da Alemanha, nesta segunda-feira (5/8), por 3 sets a 2, parciais de 18-25, 26-28, 25-20, 25-21 e 15-13.

Por uma vaga na final, a França vai fazer um clássico europeu contra a Itália. Do outro lado da chave nos Jogos de Paris, a Polônia espera por Brasil ou Estados Unidos.

Hoje, a virada francesa contou com um importante ingrediente externo: a torcida. Foi um show de apoio incondicional durante os cinco sets na Arena Paris Sul.

Teve hino cantado nacional entre os pontos, os intermináveis “Allez, les bleus” e muitas vaias para a Alemanha. E olha que vaiar não costuma fazer parte do repertório das torcidas nestes Jogos de Paris pelo menos no voleibol.

Dentro de quadra, Andrea Giani precisou usar muitas peças do banco de reservas para encontrar uma forma de conter o time da Alemanha. O oposto Faure e o meio de rede Jouffroy foram duas destas peças.

Faure terminou o jogo com 11 pontos, enquanto o titular Patry fez sete. Jouffroy pontuou pouco (duas vezes), mas teve algumas boas passagens pelo saque. Os ponteiros Clevenot e Ngapeth foram os maiores pontuadores da França na virada, com 21 e 20 pontos, respectivamente.

Pelo lado alemão, o veterano oposto Grozer liderou o time com 22 acertos. Mas ficou claro, assim como tinha acontecido nos amistosos contra o Brasil, que ele perdeu efetividade quando o jogo se arrastou para cinco sets.

Apesar da virada sofrida, a Alemanha se despede de cabeça erguida dos Jogos de Paris. Já os franceses, empurrados por uma torcida enlouquecida, sabem que podem, em certos momentos, ganhar um gás extra vindo das arquibancadas.

Por Daniel Bortoletto, em Paris