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Pará, craque das areias, joga Vôlei Master na quadra

Campeão mundial de vôlei de praia na década de 1990, Pará joga competição em Saquarema, mas no vôlei de quadra
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No final dos anos 90, Pará era referência no vôlei de praia mundial jogando ao lado de Guilherme. Foi campeão mundial em 97 e do Circuito Mundial de 98. Décadas depois, Pará continua um apaixonado pelo esporte e disputa o Vôlei Master 2023. Só que agora, no vôlei de quadra. A competição vai até domingo, no Centro de Treinamento da CBV, em Saquarema. Com quatro títulos em 10 participações no evento, Pará defende o VP Master Team 50+, do Rio de Janeiro.

Hoje com 50 anos, Pará – ou Rogério de Souza Ferreira na identidade – deixou sua Belém natal com apenas 16 anos e rumou para o Rio de Janeiro em busca do sonho de ser atleta profissional de voleibol. No início, chegou a atuar nas quadras, com a camisa do Flamengo. Mas logo formou a vitoriosa dupla com seu grande amigo Guilherme. E o resto foi história.

– Com 16 anos de idade, saí de Belém para participar da seleção brasileira infanto, em Minas Gerais. Acabei sendo cortado e vim passar uma noite no Rio de Janeiro. Um amigo me convidou para fazer um treino no Flamengo. Após o treino, o técnico disse que tinha gostado muito de mim, e me convidou para integrar um timaço, que tinha nomes como Nalbert, Flavio e Levi – recorda.

Naquela noite, ele não dormiu. De um lado, o grande sonho de se tornar atleta profissional de vôlei. Do outro, a distância de casa e a saudade da família.

– Aquela foi uma noite muito difícil. Lembro que me revirava na cama, não consegui dormir. Na manhã seguinte, resolvi ficar no Rio, e liguei para avisar à minha família. Foram três ótimos anos jogando pelo Flamengo. Quando eu já estava no juvenil, recebi um convite do Banespa, que era uma das grandes equipes daquela época, mas o Flamengo cobriu a proposta. Meses depois, fui convidado para jogar um evento na praia com o André Perlingeiro, que era ex-parceiro do Guilherme. Fomos muito bem, e percebi que poderia ter um futuro promissor no vôlei de praia. Pouco depois, o Guilherme me chamou para ser a sua dupla. E assim, começamos a atuar juntos – conta.

Após se aposentar como atleta profissional de vôlei de praia, em 2011, Pará fixou residência no Rio de Janeiro. Atualmente, é empresário e coordenador de Operações do Coletivo Aprendiz, que atende jovens de baixa renda entre 14 e 24 anos.

– Amo esse programa. Nosso principal objetivo é inserir jovens em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho. Na pandemia, em especial, muitos desses jovens se tornaram arrimo de família. Esse é o nosso grande propósito, pois um trabalho muda uma vida – explica.

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