A 50 dias dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o Brasil acerta os últimos passos antes da competição. São estágios diferentes em um planejamento de anos. Em alguns casos, pequenos ajustes e o controle de uma ansiedade cada vez maior. Em outros, a busca pela forma ideal rumo à capital francesa. No caso do vôlei, competições importantes servem como parâmetro para as comissões técnicas na reta decisiva da preparação.
A seleções brasileiras de quadra têm as etapas da Liga das Nações (VNL) como importantes laboratórios em um calendário tão apertado, que desafia os técnicos Bernardinho e José Roberto Guimarães.
É bem verdade que restam poucas dúvidas aos vitoriosos comandantes sobre os elencos que eles levarão para a capital francesa. Mas questões físicas, ajustes táticos e, sobretudo, o entrosamento são desafios que tornam cada partida extremamente valiosa no percurso rumo à excelência. Em Paris, serão 12 atletas convocados, mais um reserva.
O time feminino, de Zé Roberto, está invicto na VNL, com oito vitórias, e ocupa a vice-liderança, atrás da Polônia, que também não perdeu. O tricampeão olímpico tem feito alterações pontuais, mas a base composta por Roberta, Gabi, Ana Cristina, Rosamaria, Thaisa, Carol e Nyeme se consolida a cada dia, com as presenças de Macris, Diana, Julia Bergmann e Pri Daroit entre as suplentes. Entre as opostas, briga forte entre Tainara e Kisy, já que Lorenne acabou prejudicada por uma torção no tornozelo.
A seleção masculina, de Bernardinho, já tem definidos alguns nomes para Paris, conforme antecipado pelo técnico: os opostos Darlan e Alan, e o líbero Thales. Com uma lesão na panturrilha, o levantador Bruninho virou desfalque na segunda semana, em Fukuoka, no Japão, mas, uma vez recuperado, tende a ser convocado ao lado de Fernando Cachopa, hoje titular. No meio de rede, briga boa, já que Lucão, Isac, Flávio e Judson têm feito boas partidas. Mas um deles deve ficar fora dos Jogos Olímpicos. Já nas pontas, os titulares Lucarelli e Leal lideram, mas resta a definição dos demais nomes, com Lukas Bergmann, Adriano, Maurício Borges, Honorato (no momento como líbero) e Arthur Bento na disputa.
Etapa Elite é teste de fogo na praia
Na praia, o Brasil tenta resgatar sua tradição de pódios depois de ter passado em branco na edição de Tóquio, em 2021. Duda e Ana Patrícia, líderes do ranking mundial e donas de duas medalhas em Campeonatos Mundiais neste ciclo olímpico, são favoritas ao pódio. Bárbara Seixas/Carol Solberg, Evandro/Arthur Lanci e André/George correm por fora.
Nesta quinta-feira (6/5), Duda e Ana Patrícia iniciaram a fase de grupos da etapa Elite de Ostrava, na República Tcheca, com uma vitória sobre as americanas Scoles e Flint por 2 a 0, e uma derrota para as letãs Tina e Anastasija, por 2 a 1. Já Bárbara e Carol sofreram um revés para as alemãs Müller e Tillmann, por 2 a 0.
Evandro e Arthur Lanci foram os destaques do Brasil, ao baterem os franceses Krou e Gauthier-Rat e os noruegueses Mol e Sorum, sempre em sets diretos. André e George só fizeram um jogo no dia e foram superados pelos alemães Pfretzschner e Winter, por 2 a 0.
Todas as duplas seguem com chances de se classificarem para a fase eliminatória, que continua na sexta-feira.
