Um número assustador de casos de ataques virtuais a atletas durante os Jogos Olímpicos de Paris foi divulgado neste domingo (18/8): mais de 8.500 foram identificados por um sistema de inteligência artificial ligado ao Comitê Olímpico Internacional (COI).

O sistema foi usado pela primeira vez nos Jogos na edição de Paris, com monitoramento das redes sociais de atletas e integrantes de comissões técnicas durante as duas semanas de competição.

De acordo com a nota oficial da Comissão de Atletas do COI, ações cabíveis ainda serão tomadas no decorrer de investigações.

Mais do que lamentar a escalada de casos, a Comissão de Atletas colocou à disposição dos participantes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos uma rede de apoio, confidencial e online, para atendimento.

Ela funciona 24h por dia e faz atendimento em 70 idiomas por telefone ou What’sApp. Os telefones de contato e acesso ao What’sApp podem ser encontrados no link.

“Condenamos todas as formas de ataque e assédio, independentemente das opiniões que se possa ter sobre decisões específicas”, escreveu o grupo em nota oficial.

Duas atletas brasileiras falaram abertamente sobre o tema recentemente. Ana Patrícia, logo depois de ganhar a medalha de ouro ao lado de Duda no vôlei de praia, relembrou os ataques sofridos em 2021, quando foi duramente atacada nas redes sociais depois de ser eliminada ao lado de Rebecca. No vôlei, Gabi reforçou a importância de fazer terapia para preservar a saúde mental. Ela sofreu ataques nas redes sociais ao fim da semifinal dos Jogos de Paris, na derrota do Brasil para os Estados Unidos por 3 a 2.