Um verdadeiro espetáculo para o vôleifã nesta segunda-feira (29/7), na Arena Paris Sul, na capital francesa. No duelo entre as duas últimas medalhistas de ouro no naipe feminino do vôlei dos Jogos Olímpicos, a China derrotou os Estados Unidos por 3 sets a 2, parciais 25-20, 25-19, 17-25, 25-20 e 15-13, em mais de duas horas de muita ação.

Mais do que um simples confronto esportivo de estreia na fase de grupos, um EUA x China traz ainda questões geopolíticas e culturais, algo que muda todo o ambiente de um jogo. A Arena Paris Sul virou um duelo de nações, não apenas de torcidas.

Bandeiras, gritos de guerra e vibração de ambos os lados. Pelo chinês, a festa foi completa nos dois sets iniciais. Parecia que o time de Cai Bin, liderado por Ting Zhu, tinha o total controle e venceria rapidamente.

Para virar protagonista, Karch Kiraly tirou duas medalhistas de ouro em 2021 (Jordan Larson e Kelsey Robinson-Cook) e entrou seu melhor jogo com Avery Skinner e Kathryn Plummer. Uma formação certamente menos passadora, mas com muito mais poderio ofensivo e um saque mais eficiente.

E deu certo. As “chicleteiras” passaram a dominar as ações e conseguiram o empate. Entraram no tie-break com o astral lá em cima. Mas voleibol de alto nível entrega reações. E a China estava muito viva. E explodiu de alegria com o ataque de Ting Zhu para fechar em 15-13. Foi o 17º dela na partida, ficando atrás de Yingying Li, com 26. Pelos EUA, Annie Drews anotou 29, com Skinner contribuindo com 17.

A considerar o grupo com a presença da França, as chinesas ficam bem perto das quartas de final com o triunfo de hoje. Já as americanas…

Por Daniel Bortoletto, em Paris