Eram 134 pontos marcados nas nove primeiras partidas da Liga das Nações feminina, uma média de quase 15 por jogo. Nesta terça-feira, na abertura da quarta etapa, em Tóquio, uma grande atuação e mais 26 para conta de Paula Borgo, protagonista na vitória sobre o Japão por 3 sets a 1, parciais de 25-17, 25-19, 20-25 e 25-22.
A oposto vem dando conta do recado na primeira competição internacional deste nível como titular. Reserva da americana Fawcett no Dentil/Praia Clube, Paula vinha de uma temporada com pouco tempo em quadra. Até por isso existia um grande ponto de interrogação como seria o desempenho na VNL.
Ela venceu a disputa interna com Lorenne pela titularidade e tem crescido de produção semana após semana, mostrando mais segurança e entrosamento com Macris. Nesta terça, Paula Borgo chegou aos 15 pontos, a média da Liga das Nações, ainda na metade do segundo set, com um aproveitamento de 66% no ataque (14 bolas no chão em 21 tentativas). Naquele momento, a pontuação dela era maior do que a soma das outras três brasileiras que vinham na sequência: Gabi, Amanda e Natália.
Com a bola de segurança afiada, o Brasil controlou o jogo do início ao fim. José Roberto Guimarães iniciou a partida com Natália, após dar um susto na partida anterior, contra os Estados Unidos, pedindo para sair por sentir uma dor muscular na coxa. Ela jogou o primeiro set e depois cedeu o lugar para Amanda, cumprindo o planejamento da preparação física e dos médicos da Seleção.
A destacar ainda o volume de jogo apresentado nesta terça-feira. A defesa liderada por Léia esteve muito bem posicionada e proporcionou muitos contra-ataques em boa parte do confronto.
O lado ruim foi a oscilação do passe a partir do metade do terceiro set. Sem o passe na mão, a Seleção viu o aproveitamento de ataque cair, fazendo um duelo que caminhava a ser fechado rapidamente se transformar em pedreira. Depois de usar Natália e Amanda, Zé Roberto terminou com a jovem Julia Bergmann em quadra, ao lado de Gabi. Menções honrosas ainda para Macris e Bia, decisivas para a construção da virada verde-amarela no quarto set.
O resultado foi de suma importância para as pretensões brasileiras na VNL. O time entrou em quadra como sexto colocado, o limite na classificação para avançar para as finais. Logo atrás estava o Japão, aumentando o valor do confronto direto. Com o triunfo por 3 a 1, o Brasil chega a sete vitórias e três derrotas, com 22 pontos, ultrapassando os Estados Unidos, que iniciaram a rodada em terceiro lugar, por exemplo.
Na madrugada desta quarta-feira, às 3h40 (de Brasília), o Brasil terá pela frente a Tailândia. Uma excelente oportunidade para deixar a classificação para as finais um pouco mais encaminhada.
Por Daniel Bortoletto
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