A japonesa Tomiko Itooka, falecida no no último dia 29/12, cultivou uma relação de proximidade com o vôlei ao longo da longeva vida de 116 anos. A asiática era a pessoa mais velha do mundo. Com o falecimento, o posto agora é da brasileira Inah Canabarro Lucas, que nasceu duas semanas depois, de acordo com levantamento do site LongeviQuest.
A supercentenária japonesa nasceu em Ashya, cidade a cerca de 500 km de Tóquio, em 23 de maio de 1908.Tomiko se encantou pelo voleibol ainda na adolescência. Ela chegou a disputar jogos no Ensino Médio, época em que o vôlei sequer era esporte olímpico (1968).
A modalidade começou a ser difundida em 1895, aproximadamente 30 anos antes da japonesa deixar o colégio. Portanto, Itooka atravessou a juventude em uma época que o vôlei ainda engatinhava, principalmente para mulheres.
A paixão pelos esportes foi além do vôlei: Tomiko Itooka escalou o Monte Ontake, na Região Central do Japão, pelo menos duas vezes. O pico tem 3.067 metros de altitude. A japonesa também gostava muito de fazer grandes caminhadas, além de outras escaladas. Aos 80 anos, ela participou da peregrinação Saigoku Kannon, que passa por 33 templos budistas no Japão.
Tomiko viu de perto duas guerras mundiais e sobreviveu à pandemia da Covid-19 mesmo com mais de 110 anos. A longevidade explica-se também pelo apreço a uma alimentação equilibrada.
Ela tinha o posto de pessoa mais velha do mundo desde agosto do ano passado, quando a francesa Maria Branyas Morera faleceu aos 117 anos, na Espanha, e vivia em uma casa de repouso em sua cidade natal desde 2019.
A idosa deixa deixou quatro filhos (dois meninos e duas meninas) e cinco netos, além de bisnetos. Ela casou-20 aos 20 anos e passou boa parte da vida ajudando o marido na administração de uma fábrica de tecidos.