O ano era 1996. E um jogo da Superliga masculina presenciou um dos acidentes mais sérios no país envolvendo atletas e placas de publicidade. No tie-break do duelo entre Chapecó e Ulbra, o ponteiro Bozquinho tentou salvar uma bola, escorregou e se chocou com uma uma das placas publicitárias do entorno da quadra. Na queda, ele cortou o punho direito em um dos suportes de metal que apoiam as placas.
Na época com 17 anos, Bozquinho, então capitã da Seleção Brasileira infanto-juvenil, rompeu os ligamentos e ficou vários meses afastado. A cena foi chocante para quem estava no ginásio, já que o jogador teve um sangramento considerável após o choque.
Na ocasião, uma reportagem da Folha de S. Paulo questionou a insegurança dos atletas: “como os dirigentes da CBV podem permitir que sejam colocados suportes de metal para segurar as placas na quadra? São pequenas chapas finas e cortantes: verdadeiras lâminas em plena área de jogo”.
Com o passar do tempo, o metal foi substituído pela espuma. O material permite que atletas se joguem para cima das placas de publicidade para tentar salvar uma bola. Na Copa Brasil, em Jaraguá do Sul (SC), a CBV optou pelas placas de LED, também utilizadas pela FIVB nas principais competições internacionais. E, na final masculina no último domingo, Bruno Canuto, ponta do Farma Conde/São José, se chocou com a cabeça com uma delas. E preocupou quem estava no local e quem via pela televisão.