Dentil Praia Clube e Itambé Minas vão decidir, novamente, o título da Copa Brasil, repetindo a final de 2019, vencida pelo time da capital. A decisão mineira foi definida nesta sexta-feira, no Centro de Desenvolvimento do Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ). As minastenistas venceram o Sesi Bauru, por 3 a 1, na primeira semifinal e, na sequência, o Praia superou o Osasco São Cristóvão Saúde por 3 a 0 – parciais de 25-23, 25-23, 25-20 – na segunda partida da noite. A final será neste sábado, às 21h30, com transmissão pelo SporTV.
Osasco foi comandado novamente pelo assistente técnico Jefferson Arosi, já que o técnico Luizomar de Moura e o auxiliar Spender Lee seguem internados, recuperando-se do coronavírus. O Praia chega à quinta final de Copa Brasil da sua história – a quarta consecutiva – e busca o título inédito. Em 2018, o time de Uberlândia perdeu para Osasco; em 2019 foi superado pelo Minas; e em em 2016 e 2020 caiu para o Sesc RJ.
Depois do jogo, em entrevista ao SporTV, Tandara, maior pontuadora do jogo, com 22 pontos, fez uma análise dura sobre a atuação de Osasco e dela própria:
– Treinamos muito durante a semana, mas entramos de forma displicente. A gente sabia o que fazer, mas perdemos a cabeça em alguns momentos. Perdemos bolas bobas, de contra-ataque. Não acho que fui sobrecarregada. Rodar bola é o meu trabalho. O meu aproveitamento de ataque não foi bom. Faltou consciência, faltou se divertir um pouco mais em quadra. Espero que sirva de lição e que a gente volte para o returno melhor – disse a oposta.
Martinez, que terminou a partida com 14 pontos, um a menos que a holandesa Anne Buijs, também analisou o resultado:
– A gente jogou muito bem. Acho que vai ser uma final muito importante. A gente passou por um momento muito difícil e treinou muito. Estamos muito felizes com o resultado – disse a oposta do Praia.
Osasco entrou em quadra com Gabi Cândido e Tainara como ponteiras. Jaque recuperou-se recentemente do covid 19 e não vinha jogando. A bicampeã olímpica entrou ao longo da partida, mas assim como todo o time paulista, teve dificuldade para passar pelo bem postado bloqueio mineiro. O Praia fez uma partida cirúrgica. Claudinha manteve a sequência de boas distribuições que vem fazendo na Superliga no returno, variando muito as bolas e colocando todo o time para jogar. Depois de um fim de ano de derrotas na reta final do turno – para Minas, Osasco e Sesc RJ Flamengo – a equipe de Paulo Coco voltou a jogar bem.
Osasco apresentou o seu ótimo volume de jogo característico, mas não foi consistente no ataque pelas extremidades. Os contra-ataques aconteciam, em função das bolas levantadas pela defesa, mas não se transformaram em pontos. Carol e Jineiry foram muito bem nos bloqueios. Anne fez uma das melhores partidas com a camisa do Praia e Fê Garay foi decisiva, como sempre.
Na Superliga, Osasco volta a jogar terça-feira, às 19h, contra o Minas, no José Liberatti, pela sexta rodada do returno. O Praia enfrenta o São Paulo Barueri, sexta-feira (12.02), às 16h30, na Arena do Praia, em Uberlândia (MG). Os dois jogos serão transmitidos pelo SporTV 2. Veja aqui a programação e as transmissões deste sábado.
Praia ocupa a segunda colocação na Superliga, com 37 pontos, atrás do líder Minas, que tem 42. Osasco aparece em terceiro, com 36 pontos (com um jogo a mais), seguido por Sesi Bauru, que tem 34. Confira a classificação completa.
OSASCO SÃO CRISTÓVÃO SAÚDE: Roberta, Tandara, Bia, Mayany, Gabi Cândido, Tainara e Camila Brait (líbero). Entraram: Kika, Jaque. Técnico: Jefferson Arosi
DENTIL PRAIA CLUBE: Claudinha, Martinez, Jineiry, Carol, Fê Garay, Anne Buijs e Suelen (líbero). Entraram: Monique, Rose, Michelle. Técnico: Paulo Coco