O Dentil/Praia Clube é o segundo finalista da Copa Brasil 2020. Na noite desta sexta-feira, o time de Uberlândia se garantiu na disputa do título ao vencer o arquirrival Itambé/Minas por 3 sets a 1, parciais de 25-18, 25-21, 25-27 e 25-20, na cidade catarinense de Jaraguá do Sul.
A decisão acontecerá na noite deste sábado contra o Sesc, responsável por eliminar o Sesi Bauru, às 21h30, com transmissão pelo SporTV2.
No sexto encontro entre os times mineiros na temporada, o Praia conquistou a quinta vitória. Logo na passagem inicial pelo saque, a central Carol viu o placar disparar para 6 a 0. E o Minas mostrou fragilidade no passe e intranquilidade na virada de bola. Ainda sem Rabadzhieva, Nicola Negro também não pôde escalar Kasiely, com um problema muscular abdominal. Acosta e Lana formaram a linha de recepção com a líbero Léia. E a instabilidade no passe voltaria a dar dor de cabeça aos minastenistas durante o jogo.
Pelo lado do Praia, Brayelin Martinez e Pri Daroit começaram dominantes na virada de bola. No decorrer do jogo, a dominicana, como esperado, foi bem mais eficiente do que a brasileira no fundamento. É nítido como as atuações de Martinez são mais consistentes na saída, sem a obrigação de passar.
O Minas chegou a esboçar uma reação na segunda parcial, com Sheilla desde o início no lugar de Bruna Honório, assumindo a liderança do placar pela primeira vez. Mas os erros custaram caro para o atual campeão da Copa Brasil. No meio do set, o passe, principalmente com Lana, voltou a dar prejuízo. Já no fim, Negro viu Bruninha e Vivian, colocadas no saque, errarem em sequência. O Praia, que não tem a nada a ver com isso, abriu 2 a 0.
No tudo ou nada, o Minas viu o bloqueio aparecer com força. Foram cinco pontos marcados no fundamento. Já a equipe de Paulo Coco oscilou demais. O técnico usou Michelle no lugar de Pri Daroit e tentou reagir, no fim, com Ananda e Monique em quadra. E com as reservas em quadra o Praia saiu de uma desvantagem de 24 a 21 para empatar em 24. Mas com um erro de Fernanda Garay, no ataque, o time de BH fechou em 27 a 25.
O quarto set, em alguns momentos, foi um duelo particular entre Martinez e Sheilla, A dominicana com a altura e potência conhecidas. A brasileira com a técnica e a categoria, numa das melhores atuações desde que voltou da parada na carreira. O placar se manteve igual até o 20º ponto, mostrando todo o equilíbrio esperado no clássico. O Praia abriu 22 a 20 após Martinez fazer uma defesa e atacar uma meio-fundo, para fazer o 27º ponto no clássico. E daí para frente, com Michelle no saque, o passe do Minas teve um momento de irregularidade, o ataque parou duas vezes no block praiano e o time de Uberlândia fechou em 3 a 1.
– Praia foi superior, em algumas passagens fizemos mal o sideout. Sabíamos que seria uma partida difícil, com os desfalques. Mas estou feliz pela Lana, que conseguiu soltar o jogo dela. Agora é pensar na Superliga e no Sul-Americano – analisou Sheilla.
– Jogo dificílimo. Não esperávamos nada diferente. Estou muito feliz pois jogamos bem coletivamente, com alguns altos e baixos, normais neste nível, mas conseguimos superar – comentou Garay.