A temporada do Dentil/Praia Clube é decepcionante até agora. O recorte ainda é pequeno, com Estadual e as primeiras quatro rodadas da Superliga, mas já preocupa bastante a torcida.
E aqui a análise não é apenas “resultadista”, aproveitando as duas derrotas seguidas para Sesc RJ Flamengo e Fluminense. Ela engloba performance tática e técnica, postura e a falta de evolução com o passar do tempo.
Ao recuperar a campanha no Mineiro, os primeiros sinais de alerta. O Praia precisou virar um 0-2 diante do Brasília e tomou um 3 a 0 do Gerdau Minas com direito a 25-12 no segundo set.
Na Superliga, as vitórias sobre o mesmo Brasília e sobre o Sancor Maringá tiveram set perdido e muitas dificuldades. E as derrotas para a dupla carioca Fla-Flu foram impactantes.
PROBLEMAS
O jogo do Praia simplesmente não flui. Rui Moreira tem repetido uma equipe base, talvez buscando resolver os problemas ao ganhar entrosamento. Mas sem sucesso até aqui.
Nas últimas duas partidas, o ataque teve apenas 38% de eficiência. O saque pressiona pouco a linha de passe adversária. Já a própria recepção tem sofrido bastante. Ontem, até a reta final do terceiro set, o bloqueio tinha feito apenas um ponto. Um combo técnico de problemas.
Junte a isso um semblante pesado, tenso, fechado das atletas em quadra. É raro ver um sorriso.
E para piorar o próximo jogo será contra o Minas novamente. Quase uma obrigação de dar uma resposta para não entrar de vez numa crise precoce e até certo ponto surpreendente.
Se tiver condições físicas, Caffrey precisa jogar. O que fez no terceiro set ontem é a prova mais clara. As jogadoras experientes (e não são poucas no elenco) precisam chamar a responsabilidade. Se existe um problema interno, já passou da hora de lavar a roupa suja e resolver. E Rui Moreira precisa mostrar a que veio. O Mundial é logo ali e o sarrafo para enfrentar os times italianos será bem mais alto.


