Já escrevi sobre não ter gostado do sorteio do Brasil no Pré-Olímpico masculino. Mas não posso dizer o mesmo do caminho da Seleção feminina até Paris-2024.
Pelas possibilidades, o Brasil escapou de um grupo bem mais cascudo. Era possível, por exemplo, jogar contra a China, na casa do time de Ting Zhu, e os Estados Unidos, atuais medalhistas olímpicas de ouro. Mas os deuses do sorteio evitaram esses duelos de titãs para a equipe de José Roberto Guimarães.
As principais adversárias colocadas no caminho brasileiro trazem boas recordações recentes. O Japão tem sido um adversário frequente em semifinais e quartas de final das principais competições do calendário. E, apesar de muitas vezes endurecerem os jogos, como no último Mundial, as japonesas acumulam derrotas diante do Brasil. A Turquia flerta com a primeira prateleira do vôlei feminino mundial de seleções há tempos. Mas não consegue se consolidar com uma grande conquista. Será que conseguirá dar esse passo a mais com Santarelli e Vargas? Ninguém tem como saber neste momento. Certamente do lado verde-amarelo sobrará respeito aos dois rivais, mas sem temor excessivo.
Neste cenário, o Brasil chegará como favorito no Pré-Olímpico. Olhando para os demais adversários do grupo, apenas a Bélgica tem mostrado vôlei, atualmente, para se candidatar como zebra. Para isso, precisará de ajuda para Britt Herbots, deixando de ser o time de uma atleta só. Existe uma boa geração no país europeu, mas raramente todos os principais nomes estão disponíveis para as convocações.
Por fim, a Bulgária já viveu dias melhores no cenário mundial, enquanto o trio latino (Porto Rico, Argentina e Peru) está alguns degraus abaixo do Brasil.
Por Daniel Bortoletto