A ponteira Pri Daroit faz um balanço positivo da participação do Brasil na primeira fase da Liga das Nações, bem como de sua temporada na Seleção Brasileira até o momento. Em entrevista ao Web Vôlei em Rio Maior, Portugal, durante a preparação das comandadas de José Roberto Guimarães para a fase final, a jogadora do Gerdau Minas destacou o privilégio de crescer ao lado de nomes como Gabi, MVP da última Champions League pelo Vakifbank (TUR), e falou sobre seus planos de se evoluir como atacante.
– Eu quero ser ponteira de definição, mas a gente tem a melhor ponteira do mundo que é a Gabi, então eu tento aprender todo dia com ela. E eu tento dar o máximo de equilíbrio para ajudar no sistema de jogo, mas eu tento crescer mais e mais como definidora, para minha carreira no voleibol mesmo – afirmou Pri Daroit.
A jogadora reforçou que segue focada em garantir uma vaga na equipe que disputará o Campeonato Mundial, ainda este ano, e os Jogos de Paris, em 2024. No último ciclo olímpico, ela chegou a pedir dispensa da equipe verde e amarela.
– Estou muito feliz de estar aqui. As meninas são sensacionais. São novas e que querem evoluir. É um grupo muito bom de trabalhar. Todo mundo quer crescer e se ajuda. É muito gostoso de trabalhar desse jeito. Eu queria muito voltar para a Seleção e poder viver essa rotina é uma satisfação grande. Não era para ter sido antes. Quero dar tudo o que puder neste ciclo para estar em Paris-2024. Você vê o quanto a Gabi cresceu, ganhou tudo, se tornou a melhor do mundo. Então, me sinto privilegiada de poder trabalhar com tantas pessoas boas que me ajudam a crescer diariamente – contou Pri Daroit.
A ponteira disse que as últimas semanas de treinamentos têm sido 100% focadas no Japão, adversário do Brasil nas quartas de final, em duelo que acontece nesta quarta-feira, às 9h (de Brasília). Estados Unidos e Sérvia se enfrentam às 12h30. Na quinta-feira, serão realizados os outros dois duelos valendo vaga na semi: Itália x China, às 9h, e Turquia x Tailândia, às 12h30.
– O Japão tem um jogo muito veloz, com muita movimentação e defesa. Já viemos estudando o time delas desde nos últimos dias e todos os treinos estão sendo em função delas, da velocidade do jogo delas. Teremos de ter paciência – disse a ponteira da Seleção.
O Brasil se classificou na segunda colocação geral, com dez vitórias e duas derrotas, para Estados Unidos e Itália. Pri Daroit aponta fatores positivos a serem observados na Seleção, que vive uma fase de renovação e ainda busca se equiparar às grandes potências.
– Eu avalio de forma muito positiva a nossa campanha, porque nós crescemos no decorrer da VNL. Aumentamos nosso ritmo de jogo. Nunca tínhamos jogado juntas, com várias dessas meninas. É um grupo forte. Infelizmente tivemos duas derrotas, contra seleções muito fortes, e vimos realmente o nível em que elas estão, que é onde queremos chegar, com muita defesa e muito bloqueio. Mas acho que foi muito positiva a nossa participação até aqui. Queremos muito ganhar do Japão e seguir até o mais longe possível.
* Por Bruno Souza