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Quem fica com as últimas vagas na Superliga masculina?

Com o encerramento próximo para a entrega do fair play financeiro, clubes correm para acertar pendências e ter a inscrição aceita na Superliga
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As próximas horas são decisivas para a definição dos participantes da temporada 2020/2021 da Superliga masculina. Com o prazo de entrega das assinaturas do fair play financeiro para a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) terminando nesta quarta-feira, os clubes com pendências correm para regularização da situação.

E a lista não é pequena. Com o fim dos projetos do Sesc e do Pacaembu/Ribeirão e a decisão de Maringá não seguir após os débitos acumulados na última Superliga, três vagas na elite foram abertas. Pelo regulamento, foram convidados o Ponta Grossa/Caramuru e o América/Montes Claros, que foram rebaixados, além do Anápolis, terceiro colocado na Superliga B. E o trio tem pendências.

No caso dos paranaenses, um débito com a federação local ainda impede a emissão de certidão negativa. A entidade ajudou o clube com R$ 60 mil na temporada passada para custos de inscrição e taxas de arbitragem. Os dois lados negociam um acordo para resolução e permanência do Paraná no mapa da elite do vôlei masculino nacional. Já o projeto mineiro ainda tenta regularizar o pagamentos de salários atrasados. O principal entrave é com o oposto argentino Johansen, com cerca de US$ 7 mil a receber.

Para que disputassem a última Superliga, os dois times usaram “táticas” diferentes. Ponta Grossa entrou com uma ação contra a CBV na Justiça Comum. Já Montes Claros, que havia emprestado o CNPJ para o Corinthians/Guarulhos na temporada 18/19, usou uma brecha no regulamento, entrando com processos contra os atletas corintianos que ficaram sem receber parte dos salários. Duas atitudes bem contestáveis, ao levar em consideração o lado da esportividade.

Por fim, o time goiano de Anápolis também encerrou a segunda divisão nacional com débitos, mas vem costurando acordos e pagando os atletas. Um dos últimos casos era o do ponta Bruno Temponi, reforço do Vôlei Renata (já acertado, segundo o clube).

Em tese, os times precisam entregar a assinatura de todos os atletas e integrantes da comissão técnica para cumprimento do fair play. Com a falta de um, por exemplo, o clube em questão pode pagar uma multa (cerca de R$ 2 mil) e ganhar um novo prazo até o dia 20 para resolução, como prevê o regulamento. A CBV ainda pode entender que “existe um caso omisso” e exigir uma votação dos participantes já garantidos para a inclusão ou não de um time sem o documento 100% assinado. A entidade já reafirmou publicamente que o fair play será mantido.

Quem também passou os últimos dias costurando acordos foi o EMS/Taubaté. Repetindo o acontecido em anos anteriores, quando fez tratos de última hora com os argentinos Conte e Uriarte para poder entregar o fair play, o time paulista negociou com boa base da Seleção Brasileira, já que atrasou os salários durante grande parte da última Superliga.

Caso o quarteto acima entregue a documentação ou seja aprovado numa hipotética votação, a Superliga masculina manterá 12 participantes. Os demais são Sada Cruzeiro, Sesi, Vôlei Renata, Fiat/Minas, Vôlei UM Itapetininga, Apan Blumenau, Vedacit Guarulhos e Uberlândia.

Neste cenário, dois projetos que sonhavam com a elite terão de disputar a Superliga B: Brasília e o novo time de Giovane Gávio, em Maricá, no Rio de Janeiro.

Por Daniel Bortoletto

Tags: Superliga

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