O Quênia conquistou, nesta quinta-feira (24/8), o título do Campeonato Africano feminino de vôlei. O time dirigido por Luizomar de Moura venceu na decisão o Egito por 3 sets a 0, parciais de 25-22, 25-20 e 25-14. A competição foi disputada em Yaoundé, em Camarões. Foi o primeiro título do Quênia na competição desde 2015.
A maior pontuadora da decisão foi a oposta queniana Chumba, com 18 acertos, 17 deles no ataque, com 62% de aproveitamento, e um ace. Logo atrás dela apareceu a egípcia Nada Ahmed, com 17 pontos.
Nos fundamentos, o grande diferencial da partida foi o bloqueio do Quênia. Foram 15 pontos, contra nenhum do Egito.
Como recebe investimento da Federação Internacional no Programa de Empoderamento para ter a comissão técnica brasileira, Quênia ganhou elogios do presidente Ary Graça Filho.
– Dou os meus sinceros parabéns à seleção feminina do Quênia por este excelente desempenho! Essa conquista após as três medalhas de prata conquistadas em 2017, 2019 e 2021 é uma prova de que o Programa de Empoderamento funciona e traz ótimos resultados. Estou certo de que muitas pessoas terão notado as enormes melhorias na equipe do Quénia e estamos ansiosos pelas suas próximas conquistas no cenário internacional.
Nas redes sociais, Luizomar publicou um texto para falar da conquista:
“Em 2021, quando cheguei ao Quênia, com o desafio de preparar a seleção nacional para os Jogos Olímpicos de Tóquio, encontrei mulheres destemidas, guerreiras com a alegria de meninas e um brilho no olhar de quem esperava alguém que as fizesse acreditar no próprio potencial. Na força de transformar sonhos em realidade. Passados pouco mais de dois anos, me vejo compartilhando um momento único para essas atletas e para todo um país. Vivo um momento especial de celebração com pessoas que hoje são família, irmãos e irmãs. O título de campeão africano representa muito mais que uma conquista esportiva, muito mais que a recuperação da hegemonia no continente perdida em 2015, mais que um troféu e medalhas. Significa transcendência, ou seja, ir além em todos os sentidos. Dentro e fora de quadra. Me sinto honrado por comandar um grupo competente de profissionais da minha comissão técnica e um grupo de atletas capazes de sorrir, chorar, cantar e dançar – às vezes tudo ao mesmo tempo – trabalhar muito e acreditar. Elas acreditaram em um brasileiro que ama o vôlei tanto quanto seu país e que aprendeu a amar também os quenianos. Tenho muito orgulho de ajudar a construir essa história, que não acaba aqui. Esse é apenas mais um passo nessa trajetória incrível que só o esporte pode proporcionar. Seguirei trabalhando para que elas continuem acreditando em si mesmas, para sonhar cada vez mais alto e perseguir esse sonho até ele se tornar uma realidade tão palpável quanto o troféu de campeão africano”.