Ponteira do Dentil/Praia Clube na Superliga Feminina, a búlgara Dobriana Rabadzhieva fala com muito amor e carinho do Brasil. Aos 32 anos, a atleta está em sua terceira temporada no país e se mostra cada vez mais adaptada. Ela conta que é fã da cultura brasileira e da forma como o povo lida com os problemas.
– Eu tenho humor, gosto de brincadeiras, de fazer piadas, porque a vida é curta e a gente precisa se divertir, precisa sempre pegar as coisas boas que a vida oferece. Esse é meu jeito, de se divertir com as pessoas. E os brasileiros são assim também. Todo mundo fala para mim que eu sou é brasileira. E não é longe da verdade, eu acho. E eu amo a cultura, a vida daqui, é muito bom estar aqui – contou Rabadzhieva em entrevista ao site da Globo.
A atacante destacou ainda a receptividade do brasileiro mesmo em “simples” lugares como supermercados.
– O que eu mais gosto daqui é que as pessoas são muito abertas. Sempre dançando, cantando, essas coisas são para unir. Por exemplo, quando vou ao supermercado ou outro lugar, sempre tem pessoas que falam comigo como se a gente se conhecesse há 10 anos. É melhor assim. Em outros países, quando você vai no supermercado não tem muitas pessoas que vão falar com você como aqui – completou Rabadzhieva.
A atleta debutou no país em 2019/2020, defendendo o Minas. Já em 2020/21, a búlgara representou o Sesi Bauru antes de voltar para a Europa. Ao todo, defendeu 14 equipes, passando por Turquia, Azerbaijão, Itália e China.
Ela conta que isso a ajudou a aprender muitos idiomas. Rabadzhieva destacou que, além da cultura, também se encantou com a língua portuguesa.
– Gosto de aprender outros idiomas nos países onde eu jogo porque acho é muito importante para me adaptar. Como sou uma pessoa que fala muito, eu preciso sempre de expressar, de falar, de dizer as coisas. E às vezes é até difícil para mim falar muitos idiomas porque estou errando. Por exemplo, quando estou falando em italiano misturo com português e também o contrário. Então às vezes fica muito engraçado – revelou Rabadzhieva.
Curiosamente, o idioma foi o que ela aprendeu mais rápido, mesmo com as línguas tendo origens tão distintas. Rabadzhieva contou que teve ajuda da líbero Léia na época em que defendia o Minas.
– Agora que todo mundo fala comigo em português é mais fácil, mais rápido para aprender. E eu gosto. O português é um idioma bem diferente do meu. Mas para mim não foi muito pesado de aprender porque eu já falava italiano e espanhol. Português foi mais rápido para eu aprender do que outros idiomas. Não sei porquê. Acho que é porque eu adoro o Brasil e isso ajuda. Quando cheguei na minha primeira temporada no Minas, eu sempre estava assistindo aos jogos do Brasil, campeonatos, antes de eu chegar. São muitos anos que eu estou vendo jogos, sempre escutando os comentários. E lá no Minas, a minha amiga Léia me ajudou bastante a aprender o português porque ela falava comigo muito devagar, me explicando. Então, como eu adoro ela, eu queria aprender o mais rápido possível para brincar com ela, falar com ela. Ela me ajudava muito – finalizou Rabadzhieva