Renan dal Zotto não é mais técnico da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei. Em entrevista após o jogo que classificou o Brasil para os Jogos de Paris-2024, sobre a Itália, neste domingo (08.10), no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, ele anunciou sua demissão:
– Eu tomei uma decisão essa semana, falei com a minha esposa. É hora de dar uma pausa. Decisão familiar, vou me afastar da seleção brasileira, mas não do vôlei. Uma orientação médica também por tudo o que passei em 2021. Os jogadores não sabem, a comissão técnica não sabe, vou conversar com eles agora no vestiário. Me afasto da seleção, mas não do vôlei, que é a minha vida, onde estou há 50 anos – disse Renan, em entrevista ao site G1.
Bernardinho é o nome mais forte para reassumir o posto. O treinador, que comandou o Brasil nas conquistas dos ouros em Sydney-2004 e Rio-2016, ocupa atualmente a função de coordenador da Seleção Masculina. Ele passou a fazer parte do corpo técnico da CBV após a derrota do Brasil para a Argentina na final do Sul-Americano deste ano, quando as críticas ao trabalho de Renan ganharam mais repercussão.
Renan assumiu o Brasil em 2017, depois da despedida de Bernardinho do cargo, com a conquista dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Os únicos títulos conquistado pela Seleção Masculina neste período foram a Copa do Mundo de 2019 e VNL de 2021, quando o time foi comandado pelo então assistente-técnico Carlos Schwanke, que não faz mais parte da comissão desde agosto deste ano.
Neste ano, Renan acumulou maus resultados e atuações ruins. Terminou a VNL na sexta colocação e, pela primeira vez em 32 edições do torneio, o Brasil não foi campeão Sul-Americano, acabando com uma hegemonia de 72 anos, com uma derrota por 3 sets a 0, diante da torcida brasileira, no Recife.