A despedida de Thaísa da Seleção Brasileira fez muito torcedor acreditar no fim da carreira da bicampeã olímpica no vôlei. Na verdade, abrir mão de jogar pelo Brasil foi a forma encontrada por ela para prolongar a carreira. E, neste cenário, com a camisa do Itambé/Minas.
O contrato da central já está renovado para a temporada 2021/2022, para alegria dos torcedores minastenistas. Thaísa, de 33 anos, recebeu propostas de diversos países, algumas bem vantajosas com o euro valendo quase R$ 7 no câmbio atual. Mas um sentimento de gratidão pesou para a escolha pela continuidade.
Thaísa admite ter recebido tratamento especial no Minas Tênis Clube. Estrutura de sobra, atenção dos profissionais com trabalho individualizado, compreensão sobre as dificuldades da recuperação pós-jogo e consequentes dosagens diferentes de treinamento, além de um ambiente saudável. Tudo isso fez diferença. Em recente entrevista ao Jornal O Globo, ela elogiou também o técnico italiano Nicola Negro, dizendo ter sido tratada como um “Michael Jordan”, o maior jogador de basquete de todos os tempos, nestas últimas temporadas.
Todo esse pacote pesou a favor do Minas para a renovação. Thaísa tem plena noção do quanto tudo isso é importante para ela seguir jogando em alto nível por mais algumas temporadas, descartando algum tipo de experiência que pudesse ser benéfica financeiramente mas com o risco de comprometer a questão física, sua prioridade ao ter de abrir mão da Seleção.
Para o Minas, no processo de manutenção de um time vencedor, seguir com Thaísa já é um baita diferencial
Por Daniel Bortoletto