O Campeonato Mundial sub-19 masculino foi todo da França. O título de uma das gerações mais promissoras do país consolidou marcou o primeiro título mundial francês em qualquer categoria do vôlei. Realizada em San Juan, na Argentina, a competição contou com 19 participantes, já que a Nigéria teve problemas com os vistos internacionais e nem viajou para o torneio.
Na finalíssima, a França venceu o Irã por 3-1 (25-22, 16-25, 25-18 e 25-21), coroando uma campanha impecável com oito vitórias nos oito jogos, apenas três sets perdidos, demonstrando a regularidade e solidez dos campeões. A prata também marcou história para os iranianos que, agora, se tornaram o país com mais medalhas de todos os tempos na competição: dois ouros, três pratas e três bronzes.
Completando o pódio, a possível maior surpresa do torneio: a Coreia do Sul também fez história ao bater os Estados Unidos por 3 a 1 na disputa pelo bronze (25-18, 25-19, 21-25, 25-23). Essa medalha dos sul-coreanos representou a volta ao pódio da categoria, que não ocorria desde 1993, ou seja, 30 anos. O resultado não foi de todo o mal para os americanos também. Estar entre os quatro melhores da categoria era um fato inédito para os americanos até essa edição, na qual mostraram um voleibol envolvente e veloz.
Apontadas como potenciais candidatas ao título, Bulgária (número 1 do ranking sub-19 da FIVB) e Itália não foram tão longe e terminaram na quinta e sétima colocação, respectivamente. Quem também sentiu o equilíbrio do torneio foi o Brasil, terminando a competição no nono lugar, assim como 2009, 2011 e 2019, sendo essas as piores colocações brasileiras no torneio.
Há quase 20 anos fora do pódio na categoria, o Brasil segue sendo o principal vencedor (seis títulos), mas não conseguiu apresentar campanhas consistentes nos últimos Mundiais. O que se viu do Brasil nessa edição foi um time bastante “burocrático”, muito dependente do oposto Bryan para se sustentar nas partidas. Ele foi o maior pontuador da Seleção no torneio, marcando 114 pontos (96 ataques, 15 blocks e 03 aces), confira os demais pontuadores brasileiros no torneio:
Henrique Guedes (Central): 78 pontos (50 ataques, 19 blocks e 9 aces)
Felipe Parra (Ponteiro): 65 (55 ataques, 4 blocks, 6 aces)
Martos (Oposto) 63 (58 ataques, 2 blocks, 3 aces)
Diogo dos Anjos (Ponteiro): 53 (42 ataques, 5 blocks, 6 aces)
Matheus Dobkowski (Central): 49 (30 ataques, 15 blocks, 4 aces)
J.P. Ávila (Ponteiro): 43 (37 ataques, 4 blocks, 2 aces)
Marco Antônio (Levantador): 15 (3 ataques, 5 blocks, 7 aces)
Vinícius Miranda (Ponteiro): 9 (ataques)
João Galando (Levantador): 9 (3 ataques, 1 block, 5 aces)
Thiago Vaccari (Ponteiro): 2 (ataques)
O time comandado por Luiz Carlos Kadylac teve um ciclo que infelizmente não foi coroado com medalha no mundial, mas o processo de aprendizagem na formação dos atletas é contínuo. A geração necessita de uma maior atenção e preparação, para que no futuro mais resultados positivos possam ser conquistados e que os atletas consigam desenvolver seus potenciais. Veja também, a classificação final do Mundial sub-19:
1 – França
2 – Irã
3 – Coreia do Sul
4 – Estados Unidos
5 – Bulgária
6 – Bélgica
7 – Itália
8 – Egito
9 – Brasil
10 – Eslovênia
11 – Japão
12 – México
13 – Argentina
14 – Colômbia
15 – Sérvia
16 – Porto Rico
17 – Índia
18 – Costa Rica
19 – Chile
20 – Nigéria
Por Robson Leal, em colaboração ao Web Vôlei