A retrospectiva do vôlei de A a Z já faz parte da nossa história no fim de cada ano. E não poderia deixar de ser diferente em 2023, um ano repleto de fatos relevantes por ser pré-olímpico.
Como já publicado em anos anteriores, um recado repetitivo, mas necessário. Nós teremos opiniões diferentes em vários letras. E isso é normal, ok? Não precisa descontar no autor da retrospectiva, combinado?
E, antecipadamente, em nome de todo o nosso time no Web Vôlei, agradeço pela companhia em 2023, espero que sigam conosco em 2024, um ano de muita saúde, realizações, bons jogos e Paris para todos nós, vôleifãs.
Abaixo a retrospectiva de 2023:
Ana Patrícia/Duda – figurinhas repetidas de 2023, mas com muito mérito pelo desempenho esportivo na temporada nacional e internacional. Dupla é favorita ao pódio em Paris-2024.
Bradesco Esporte – o fim da formação de jovens atletas no projeto, em Osasco, é um duro golpe nas já combalidas categorias de base do vôlei brasileiro.
Campinas – o projeto feminino foi o mico do ano. O discurso era ganhar um Mundial em poucos anos. Sequer jogou a Superliga C, após atrasar salários e não cumprir compromissos.
Darlan – de quarta opção na VNL para destaque da classificação para Paris no Pré-Olímpico do Maracanãzinho. Talento e carisma para ser o grande nome do país nos próximos ciclos.
Egonu – questões de relacionamento impediram que a oposta fosse protagonista na temporada de seleções. E a Itália pagou um preço bem alto sem sua principal jogadora.
França – ano muito ruim dos campeões olímpicos, despencando para a oitava colocação do ranking mundial. O ouro em Tóquio parece ter acomodado demais a seleção francesa masculina.
Gabi – referência e capitã do Vakifbank. Referência e capitã da Seleção. Status que ajudam a entender sua importância no cenário mundial. E, felizmente, é brasileira.
Hande Baladin – a ponteira turca cresceu demais na temporada de seleções e terminou 2023 sendo protagonista na conquista do título mundial do Eczacibasi, na China.
Itambé Minas – o vice-campeonato mundial, com um elenco majoritariamente de atletas formados nas categorias, merece aplausos. E o trabalho de Guilherme Novaes está apenas começando.
Jheovana – a jovem oposta quebrou o recorde nacional de pontos (41) do vôlei feminino nacional por Barueri, após um ano afastada das quadras para se recuperar de cirurgia no joelho.
Kwiek – o técnico brasileiro colocou a República Dominicana em Paris em um Pré-Olímpico complicadíssimo, faturou mais um ouro no Pan e venceu as campeãs olímpicas na Norceca.
Lesões – Ana Cristina, Carol Gattaz, Lara, Julia Kudiess, Macris… Ano marcado pela ausência de várias atletas, em momentos diversos, por lesão. Seleção foi muito impactada.
Melissa Vargas – a estreia da oposta pela seleção turca, após cumprir o trâmite da naturalização, foi impactante. Mudou o país de patamar no cenário internacional.
Nezzo – o sobrenome da central Luzia ainda não é dos mais famosos no vôlei, mas a central confirmou no Mundial de base ter talento para ir longe na carreira como adulta.
Olimpíada – a palavra mais falada, pensada e desejada pelas grandes seleções em 2023. Das favoritas, a maior decepção foi a Itália, que não se garantiu nos dois naipes e entrará pelo ranking
Polônia – campeã europeia e da VNL no masculino. Líder do ranking mundial e talvez a equipe a ser batida nos Jogos Olímpicos de Paris para voltar a conquistar um ouro depois de quase 50 anos
Quadra – o termo usado na loteria ajuda a resumir a temporada quase perfeita de Daniele Santarelli. Títulos Italiano e da Copa Itália com o Conegliano, além de VNL e Europeu com a Turquia.
Recordes – perdoem incluir o Web Vôlei entre tantos craques nesta retrospectiva. Mas completamos nosso quinto aniversário em um ano de recorde de audiência no site, no YouTube e de crescimento nas redes sociais. Agradecemos pela confiança!
Seleção Brasileira masculina – sai Renan Dal Zott, entra Bernardinho, já nos últimos dias do ano. Brasil terá um “velho/novo” comandante em Paris-24, em busca de de mais ouro olímpico.
Turquia – o ano nunca mais será esquecido por lá, após conquistas inéditas da seleção feminina na Liga das Nações e no Campeonato Europeu. Entrou de vez na lista dos tops.
USA – permitam a utilização de um termo em inglês para abordar a nova liga profissional feminina lançada por lá. Parece que chegou a hora de os EUA terem espaço na temporada de clubes.
Vedacit Guarulhos – o primeiro título estadual nenhum projeto esquece. Ainda mais aqueles sérios, organizados e com planejamento para subir novos degraus nos próximos anos.
Walewska – nos deixou tão cedo, de uma forma tão brutal. Wal, seu sorriso, sua doçura e seu legado nas quadras nunca serão esquecidos pelos vôleifãs. Fique em paz!
XXX – apelei para os algarismos romanos para falar dos 30 anos da Superliga. Era para ser uma edição histórica, mas ela começou com muitos problemas. CBV tem muito a melhorar na competição!
Yingying Li – a ponteira chinesa se consolida como a melhor jogadora asiática da atualidade. Caso volte a ter a companhia de Ting Zhu em Paris, ela pode recolocar a China entre as melhores.
Zaksa Kedzyerzin-Kozle – o time masculino polonês não é dos mais badalados, mas é dos mais eficientes e volta à retrospectiva. Tricampeonato europeu aos superar o Jastrzebski Wegiel.
Por Daniel Bortoletto