O levantador Ricardinho, dirigente do Denk Maringá e no último mês novamente jogador do time, por conta da falta de atletas no grupo – por causa da crise financeira da equipe, já que o patrocinador não paga salários há quatro meses -, revelou, ontem (7.03), que quatro cidades do interior de São Paulo, três do Rio e uma de Goiás estão interessadas em dar continuidade ao projeto de Maringá.

O Maringá perdeu para o Itapetininga por 3 sets a 2, sábado, depois de estar vencendo por 2 a 0, no Ginásio Chico Neto, mas ainda tem chances matemáticas de garantir vaga nos playoffs da Superliga Banco do Brasil Masculina 2019/2020. O time tem dois jogos pela frente: O América, terça-feira (10.03), às 19h30, em Montes Claros, e o já classificado Apan Blumenau, sábado (14.03), em Blumenau. Confira aqui a classificação.

Ricardinho lamentou a derrota em casa, principalmente porque o Maringá chegou a abrir 2 sets a 0 no marcador:

– O gás da galera diminuiu no terceiro set, só com oito jogadores fica difícil não poder substituir. Além do físico, tem a cabeça, um absurdo o que o nosso patrocinador fez com a gente, já são quatro meses sem salários – desabafou o campeão olímpico em Atenas-2004, que retorna às quadras aos 44 anos, em entrevista ao Canal Vôlei Brasil, após a partida.

O ex-levantador da Seleção Brasileira falou sobre a possibilidade de o projeto de Maringá continuar na próxima cidade, mas em outra cidade:

– Não tem anda definido, ,mas tem quatro cidades do interior de São Paulo, três do Rio de Janeiro e uma de Goiás interessadas no nosso projeto. Existe a possibilidade. Tem gente correndo atrás de patrocinadores. Tenho certeza que vocês vão querer uma equipe lutando por São Paulo no Campeonato Paulista.Dependemos agora de empresários e de prefeituras que queriam conduzir. Esse projeto já tem 7 anos e não precisa provar mais nada para ninguém. A cidade que quiser, vai levar também o Núcleo Vôlei Ricardinho, projeto social que atendeu 400 crianças em Maringá – disse Ricardinho.

O campeão olímpico acredita que é grande a chance de Maringá ir para alguma cidade do interior de São Paulo, inicialmente para disputar o Campeonato Paulista, para depois seguir na Superliga.

– Há mais chances de ser uma cidade de São Paulo, mas ainda estamos  negociando. Esse projeto pode transformar a cidade, como fez com Araçatuba. Fomos campeões paulistas, chegamos à final da Superliga… Quem sabe sua cidade pode ser a próxima? Se juntar uns 10 empresários de uma cidade, 5 empresas grandes, com certeza é possível levar o projeto e disputar competições importantes. Se houve empresário visionários…. Vai levar dois projetos. O time e o projeto social – disse o levantador.

O veterano levantador não descarta a possibilidade de seguir jogando.

– Se o time de Maringá acabar e eu receber propostas, quem sabe? Eu estou vivendo o dia a dia. Vou chegar em casa hoje e vou orar, agradecer a Deus pela partida, pelos jogadores que não se contundiram… Não descarto a possibilidade de voltar a jogar não. Estou vivendo o dia a dia – completou.