Por decisão do juiz Nicola Fascati Junior, da 2ª vara da Fazenda Pública de Maringá, os bens do campeão olímpico e mundial Ricardinho foram bloqueados pela Justiça.
A informação foi publicada nesta terça-feira pelo Portal GMC Online de Maringá, do mesmo grupo da Rádio CBN da cidade paranaense.
Segundo apuração dos veículos, a Promotoria de Patrimônio Público encontrou indícios de desvio de dinheiro público após a realização de dois jogos da Seleção Brasileira em Maringá, em 2014, pela extinta Liga Mundial, e também na final da Copa Brasil.
Na ocasião, a prefeitura local, por intermédio da secretária de esportes, repassou R$ 880 mil para o Maringá Vôlei, projeto presidido por Ricardinho. Segundo o Ministério Público, apenas parte deste valor (R$ 204 mil) foi gasto e teve justificativa.
Ainda segundo a investigação, a quebra do sigilo bancário mostrou que R$ 523 mil foram retirados em espécie da conta do Maringá Vôlei, sendo posteriormente depositados em parte na conta de Ricardinho e também na da sogra Maria do Carmo Panza, diretora do time.
Carmem, o Maringá Vôlei e o tesoureiro Rogério Leandro Rodrigues também tiveram os bens bloqueados. O MP alega desvio de R$ 847,9 mil e pediu o ressarcimento do valor.
Por intermédio da assessoria, o Maringá Vôlei diz não ter feito qualquer contratação de serviço, já que a Confederação Brasileira de Vôlei era a detentora dos direitos de realização dos jogos. Confira a nota na íntegra:
“A Assessoria de Imprensa do Maringá Vôlei e do Ricardinho informou, por meio de nota, que o questionamento do Ministério Público não se trata de atividades cotidianas desenvolvidas pela associação e pelo Ricardinho, mas sim de dois eventos isolados realizados em 2014 – Copa Brasil e Liga Mundial. Esclarece ainda que o Maringá Vôlei não fez qualquer contratação com a Prefeitura de Maringá e sim com a CBV – Confederação Brasileira de Voleibol, única detentora dos direitos de promover jogos da Copa Brasil e Seleção Brasileira. É importante ressaltar que todos os serviços contratados foram realizados e que as devidas prestações de contas foram feitas para a CBV. Inclusive esses eventos muito contribuíram com a economia, incentivando o esporte e o turismo. Os amistosos foram feitos exatamente nos mesmos moldes que são feitos todos os anos nos diversos municípios do Brasil. Esclarece também que em nenhum momento o Maringá Vôlei, Ricardo Bermudez Garcia e Maria do Carmo Panza receberam notificação judicial para prestar contas dos eventos. No entanto, eles declaram, nesta oportunidade, que estão à disposição da Justiça para que os fatos sejam esclarecidos. Por fim, Ricardinho ressalta que tudo foi feito na mais absoluta lisura, como será apurado”.
Rebaixado na temporada passada, o Copel Telecom/Maringá disputa a atual Superliga na vaga de Canoas, que abdicou do direito por problemas financeiros. Na atual competição, Maringá é a principal surpresa nesta reta final do primeiro turno, ocupando o quinto lugar, atrás apenas dos gigantes Sesc, Sada/Cruzeiro, Sesi e EMS/Taubaté.