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Rizola defende fair play financeiro e que clubes assumam a Superliga

Rizola defende o fair play financeiro e diz que clubes deveriam assumir a Superliga. CBV deveria administrar apenas a seleção
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Técnico da Seleção feminina da Colômbia e da equipe USMP, do Peru, Antônio Rizola atuou durante seis anos na parte administrativa da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), como Gerente das Seleções Adultas Masculina e Feminina e foi treinador das seleções de base do Brasil. Em live no perfil do Instagram do No Bloqueio esta semana, ele criticou duramente a falta de respeito com os atletas pelo descumprimento do fair play financeiro no vôlei brasileiro.

Em teoria, os clubes inadimplentes – que terminaram a temporada devendo salários a atletas, comissões técnicas e fornecedores – não poderiam se inscrever novamente na próxima Superliga. Mas, na prática não é o que acontece.

Há anos, os clubes usam subterfúgios como trocar de CNPJ, entrar na Justiça contra os jogadores e constranger os atletas obrigando-0s a assinarem acordos que não serão cumpridos para continuarem na disputa burlando a lei, segundo sem honrar os seus compromissos.

– Trabalhei por seis anos na administração da CBV e sempre defendi algumas posições que eu mantenho desde sempre. Acho que fair play financeiro é fundamental. A questão da pandemia é casual, é deste ano. Mas, em outros momentos, se autorizou a participação sem fair play financeiro. Não é por causa da pandemia que vai se abrir um parêntesis. Se somos profissionais, temos de ser responsáveis dos dois lados, pelos atletas, as comissões técnicas e os clubes. Uma pessoa que trabalha tem de receber. Não vem com a história de que teve problemas. As minhas dívidas, eu faço acordo e pago em 50 vezes, mas pago. E se cria uma situação de que se eu não assino um acordo com o clube, eu que sou o errado. O errado não é o cara que não me pagou. Fai play financeiro tem de ser exigido sempre – disse o treinador.

Rizola defende também que os clubes tomem para si a a condução da Superliga.

– Sempre defendi esse ponto, os clubes reclamam da Superliga, da condução da CBV. A CBV reclama que o campeonato não dá lucro. Porque os clubes não assumem e criam a liga? Para mim, as funções de uma confederação nacional é administrar o vôlei do país e fomentar o vôlei internamente para o crescimento dele. Se ele interpreta que fomentar é ele conduzir o campeonato nacional, todos os lados, em todos os setores, tanto pagar quanto receber, ele tem de assumir os ônus disso e definir as regras. Se não for assim, os clubes que tenham a responsabilidade de fazer – completou Rizola.

 

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