A partida entre Sesc RJ e Sesi-SP, nesta quarta-feira, na Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, pela nona rodada da Superliga Cimed Masculina 2018/2019, contou com a presença de dois torcedores ilustres na arquibancada: a dupla de vôlei de praia Bruno Schmidt e Evandro. Bruno foi campeão olímpico nos Jogos do Rio-2016 ao lado de Alison. Fã confesso do levantador do Sesi, William Arjona, 39 anos, ele disse que mudou o horário do treino para a dupla da praia poder assistir a um dos maiores clássicos do vôlei brasileiro.
– Sou muito fã do jogo dele (William). O que ele faz com a bola não é normal. Gosto de assistir bons jogos, mas especialmente de ver o William jogar – disse Bruno, em entrevista ao SporTV. Por conta das sua habilidade – levando-se em conta que é um jogador baixo para os padrões atuais do vôlei (1,85), – ele ganhou o apelido de “Mágico”, já que sempre tira uma jogada nova da cartola.
Evandro, que começou no vôlei de quadra, também foi ao jogo para matar saudade de alguns companheiros.
– O Lucas Lóh (ponteiro do Sesi-SP) jogou comigo, é a minha época, tem uma galera que eu acompanho, mesmo agora estando na areia – disse o jogador, ainda em entrevista ao canal esportivo.
No final da partida, Bruno e William conversaram, no encontro entre o Mágico e o Mago. William ganhou o apelido de Mago quando defendeu o Bolívar, da Argentina, entre as temporadas de 2008 e 2011. Com o clube, venceu 2o dos 22 torneios disputados e foi duas vezes campeão argentino. Chegou até a receber convite para se naturalizar e defender a seleção vizinha, mas não aceitou. Assim como Bruno Schmidt, foi campeão olímpico nos Jogos do Rio-2016. Ele retribui a admiração do jogador da praia e revela que também é fã dele.
– Eu acompanho muito o Bruno, um jogador excepcional. Como é que pode um cara do meu tamanho jogar tanto, atacar na areia? Os adversários têm medo dele. Sacam no grandão e não sacam nele – brinca William, referindo-se ao fato de que, no vôlei de praia, o adversário saca em quem, teoricamente, tem pior ataque. No caso do Bruno, apesar de sempre fazer dupla com jogadores bem mais altos que ele, nunca era caçado pelo saque dos rivais, justamente pela sua habilidade.
Bruno elogiou a performance do amigo na partida de quarta-feira, apesar da derrota do Sesi-SP para o Sesc RJ por 3 a 0.
– Teve duas bolas ali no final que ele consertou, fez mágica mesmo – disse.
William diz que tenta cada vez mais inovar e se diz integrante da “old School” (velha escola) do vôlei:
– Eu sou do tempo das jogadas antigas, da desmico, sou da “old school”. Hoje em dia os atletas estão cada vez maiores, os jogadores estudam o adversário, todo mundo sabe o que outro faz, é muito complicado, temos de inovar, fazer coisas diferentes – disse William.
Com o resultado, o Sesi-SP caiu da segunda para a terceira posição na Superliga, empatado com o Sada/Cruzeiro – ambos com 19 pontos -, mas o time mineiro leva a melhor na colocação por ter melhor saldo de sets. Na próxima rodada, o time comandado pelo técnico Rubinho enfrenta o Vôlei Um/Itapetininga (7º colocado, com 12 pontos), sábado, às 13h30, no ginásio Ayrton Senna, em Itapetininga, na abertura da 10ª rodada. O SporTV 2 transmite.