A Federação Russa de Vôlei quer uma indenização de US$ 80 milhões (aproximadamente R$ 380 milhões na cotação de hoje, 7/4) da Federação Internacional (FIVB) por conta da retirada do Campeonato Mundial masculino do país. Em entrevista à agência de notícias Tass, Alexander Yaremenko, secretário-geral da federação da Rússia, anunciou a entrada com um recurso ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) para receber o reembolso.
Segundo os russos, esse valor cobriria os custos já realizados com ginásio, infraestrutura e organização da competição. O Mundial acontecerá entre o fim de agosto e o início de setembro e teria dez cidades-sede na Rússia. Dias após o início da guerra com a Ucrânia, a FIVB anunciou que seria “impossível preparar e organizar o Mundial na Rússia” por conta da invasão ao vizinho.
– O processo está pronto, apresentamos os documentos relevantes. Agora é importante obter apoio jurídico, o que não é muito fácil devido a problemas com o pagamento dos advogados – disse Yaremenko.
Procurada pelo site Inside de Games, a Federação Internacional diz não ter recebido nenhuma informação sobre a ação dos russos e assim não tem uma posição ou declaração para fazer neste momento sobre o caso.
Ainda não foi anunciada a nova sede do Mundial. Alguns países europeus sugerem uma organização conjunta, assim como acontecerá neste ano no feminino com Polônia e Holanda.
A Rússia está afastada das grandes competições esportivas. No vôlei, o país não disputará a Liga das Nações e o Campeonato Mundial, os dois principais eventos da modalidade em 2022.