O Sada Cruzeiro teve uma atuação muito segura no encerramento da primeira rodada do Campeonato Mundial masculino de clubes, em Betim (MG). Com bom público no Ginásio Divino Braga (3.052 pessoas), o time da casa passou sem sustos por Foolad Sirjan, do Irã, por 3 sets a 0, parciais de 25-20, 25-16 e 25-16, nesta terça-feira.
O resultado deixa, em tese, bem encaminhada a “final” do grupo diante do Trentino. Os italianos estrearão nesta quarta-feira, diante dos iranianos. Uma vitória garantirá os dois favoritos na próxima fase de forma antecipada e transformará o confronto de quinta-feira na definição pelo primeiro lugar, possivelmente para fugir do Civitanova na semi, favorito da outra chave (confira a programação de transmissões do Sportv).
O ponteiro cubano Lopez foi o responsável por fazer mais vezes o ginásio explodir. Ele estava inspirado no ataque, aparecendo muito bem nas pipes. No primeiro set, Lopez recebeu oito bolas e pontuou em cinco, além de ter feito um bloqueio espetacular pela entrada de rede. Na segunda parcial, apareceu outra arma conhecida do jogador: o saque, além de ter aumentado o percentual no ataque (quatro de quatro) e ter repetido o block.
Na comparação com atuações recentes, o Sada Cruzeiro teve uma eficiência ofensiva maior das extremidades, com Rodriguinho e Wallace. O oposto campeão olímpico não precisou receber tantas bolas de Cachopa e conseguiu manter um aproveitamento muito alto.
A destacar ainda a passagem de Isac pelo saque na abertura do terceiro set. O Sada Cruzeiro marcou oito pontos consecutivos e o central saiu da posição, aplaudido por companheiros de time e comissão técnica, com o placar de 8 a 1. Ou seja: com a fatura da estreia liquidada.
Do lado do Sirjan, sem Kazemi, a estrela da companhia, o saque quase não colocou a recepção mineira em apuros. Detalhe que fez muito a diferença para a construção do placar. Sem ter tanta potência ofensiva, virou presa fácil. No fim do segundo set, o técnico Rezaei Saied tentou mudar o panorama com uma troca simples de levantador, em vão.
Por Daniel Bortoletto, em Betim
