Uma atuação praticamente impecável do Sada Cruzeiro na primeira rodada do Campeonato Mundial masculino de clubes. Na noite desta terça-feira, vitória sobre o Zenit Kazan, da Rússia, por incontestáveis 3 sets a 0, parciais de 25-20, 25-20 e 25-22.
Não é nenhum exagero escrever que foi a melhor partida cruzeirense na temporada 2019/2020. E por mérito coletivo. A ponto de ser bem difícil escolher um destaque individual.
Evandro foi o maior pontuador do Sada Cruzeiro com 16 acertos. Fernando Cachopa teve uma distribuição quase impecável, além de ótimas passagens pelo saque. Perrin, Conte e Lukinha seguraram o passe com precisão, sofrendo apenas em uma passagem de Ngapeth, no terceiro set. E os centrais Otávio e Isac deram conta do recado quando acionados no ataque, além de o primeiro ter aparecido bem no block e o segundo no saque. E sem falar das importantes entradas de Rodriguinho e Luan na inversão do 5-1.
E contra um rival poderoso, com quatro títulos europeus entre 2014 e 2018, com craques do naipe de Ngapeth, Sokolov e Mikhaylov. O francês terminou o jogo com nove pontos, o búlgaro anotou dez, enquanto o russo somou mais 12.
O principal problema do Zenit foi o passe. Em vários momentos, o time praticamente abria mão de Mikhaylov na posição, deixando apenas Ngapeth e o líbero Golubev na função. E o saque mineiro se aproveitou disso para fazer estragos.
– A gente fez uma ótima partida taticamente. Sacamos bem e marcamos bem as principais peças deles. Mas temos de pensar jogo a jogo, mantendo a humildade, o foco. Essa vitória dá uma confiança extra para o grupo. Vínhamos de uma resultado ruim na Superliga, mas voltamos a cabeça para o Mundial – disse Cachopa.
O resultado permite o Sada Cruzeiro a sonhar com a primeira colocação nesta fase de classificação. O confronto com o Civitanova, nesta quarta-feira, às 20h30, passa a ser um confronto direto pela liderança, visto que o time de Bruninho, Leal e Simon também venceu na estreia. Um novo triunfo mineiro deixa bem encaminhado o primeiro lugar, já que o encerramento desta fase será contra o Al-Rayyan, do Qatar, em tese, o participante mais fraco da competição. E, mais uma vez no papel, o caminho para a decisão ficará muito mais aberto, deixando os dois europeus se matando na outra semi.
Por Daniel Bortoletto
