O italiano Daniele Santarelli deixou aberta a possibilidade de promover a volta de algumas jogadoras para a seleção da Turquia. Anunciado nesta terça-feira (27/12) como novo comandante da equipe até os Jogos Olímpicos de Paris, ele comentou o tema hoje em entrevista a TRT Spor.
– É claro que não fecho a porta para ninguém. O nível e o número de atletas são bons. Mas se tiver alguma jogadora importante que já fez muito pela seleção ou uma jovem, que trabalhe e prove, eu considero todas elas – disse Santarelli.
A ausência de algumas atletas sempre foi uma das maiores críticas ao trabalho de Giovanni Guidetti. Por questões de afinidade ou gosto pessoal nunca bem explicadas, ele deixou de convocar algumas jogadoras com potencial para posições criticadas da seleção. Um dos casos mais conhecidos é do da ponteira Neriman Ozsoy. A jogadora do Minas na temporada passada sempre foi vista como uma possível solução para a instabilidade da linha de ponteiras. A líbero Gizem Orge, do Fenerbahce, é outro exemplo. Para muitos críticos, ela é bem mais completa do que Ayça Aykac, do Vakifbank.
Na entrevista, Santarelli elogiou o nível do vôlei na Turquia. De acordo com sites locais, ele inclusive estaria na mira do Fenerbahce para a próxima temporada.
– O Campeonato Turco é o melhor ou um dos melhores, ao lado do Italiano. Isso é importante para as atletas jogarem em alto nível. Eu sempre soube que um dia eu estaria na Turquia, pois cada atleta e técnico quer estar em um país onde o nível é alto. Não me imaginava na seleção, mas a vida é assim – disse o também técnico do Conegliano.
Sobre o trabalho na Turquia, ele projeta a Olimpíada de Paris como meta.
– Nunca disputei uma Olimpíada, é um sonho para mim. Imagino ganhar uma medalha, mas primeiro eu preciso me classificar e isto não será fácil. O sonho é sempre ganhar a medalha, a cor não importa.