O técnico Daniele Santarelli voltou a falar, nesta terça-feira (5/9), sobre a crise no vôlei italiano. O comandante da Turquia, em entrevista à Rádio TV Série A, comentou sobre a ausência de Paola Egonu do Pré-Olímpico. A oposta italiana, após ficar no banco de reservas em grande parte do Campeonato Europeu, acabou fora da lista de Davide Mazzanti para a principal competição do ano.

– Acho que é uma derrota importante. Não tê-la no Pré-Olímpico é uma grande vantagem para os adversários. Mas acho que é um pequeno parêntese, porque Paola merece jogar pela seleção nacional e os italianos merecem vê-la jogar. Espero que essa história termine da melhor maneira. Também tenho um excelente relacionamento com o Davide e meu coração dói também pelo que ele está passando, pois está tudo muito difícil. Não conheço a dinâmica do vestiário, não sei o motivo que a escolha foi feita, mas certamente lamento: é como se a Argentina jogasse sem Messi ou a França sem Mbappé – comentou Santarelli.

Durante o Europeu, Santarelli comentou sobre a ausência de Egonu do time titular italiano. Mazzanti não gostou muito ao rebater o compatriota.

– Sinto muito, pois minhas palavras sobre Egonu foram mais comentadas do que o que fizemos com a Turquia, como revolucionei a equipe e os resultados que obtivemos. Mas, como italiano eu entendo: Paola Egonu é uma figura pública muito importante, me perguntaram o que penso dela, e tendo um excelente relacionamento com ela eu disse que é uma das melhores jogadoras do mundo e eu lamentava não vê-la em quadra.

Ele também foi perguntado sobre a ausência da esposa Monica De Gennaro das convocações da Itália em 2023.

– No seu caso eu sei como foram as coisas, mas prefiro não falar sobre isso. Não como marido, mas como treinador, acho que Monica é o protótipo da profissional perfeita e que deu muito à seleção italiana. O seu valor técnico está à vista de todos e por isso é uma pena que a sua história com a seleção nacional tenha terminado assim, porque uma jogadora como ela merecia um final diferente.