As jogadoras da Turquia deixaram a quadra da Arena Paris Sul, neste sábado (10/8), sem dar entrevistas. O abatimento de algumas delas era bem claro: Kalac, Ozbay, Erdem, por exemplo. Algumas caminhavam abraçadas, enquanto outras, como Vargas, cabisbaixa, apenas seguiam o caminho obrigatório pelo protocolo. Coube ao italiano Daniele Santarelli explicar o 3 a 1 a favor do Brasil.
O treinador da Turquia voltou a citar as brasileiras como as melhores do mundo atualmente, repetindo o discurso de outros momentos dos Jogos de Paris.
– Realmente demos o nosso melhor em alguns momentos e tentamos lutar contra o melhor time do mundo, mas mostramos que não estávamos prontos para ganhar uma medalha – disse Santarelli.
Na disputa pelo bronze, ele não contou com a central Zehra Gunes e quase não usou Hande Baladin e Cansu Ozbay, todas com problemas recentes de lesão. Ele viu uma evolução durante a campanha em Paris, mas culpou as questões físicas.
– Melhoramos. Não podemos esquecer que tivemos muitos problemas. Foi muito difícil trabalhar em julho. Se tivéssemos mais tempo, esta equipe poderia melhorar mais, mas o tempo acabou.
O treinador ainda reclamou de erros em momentos decisivos e pediu para a Turquia ficar feliz com o resultado final:
“Eu disse às meninas: “Tentem aprender com o que fizemos contra a Itália, não podemos cometer os mesmos erros”. Estávamos com 24 a 23 de vantagem e cometemos um erro no saque. Já havíamos perdido um set assim. Tivemos muitos altos e baixos aqui, mas podemos ficar felizes, mesmo que seja difícil dizer agora. Queríamos muito levar uma medalha, mas o melhor time venceu pelo bronze. Sinto muito pelo primeiro set. Nós jogamos tão mal.
Por Daniel Bortoletto, em Paris