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Seleção masculina: momento exige mais do que reflexão

Texto de Daniel Bortoletto sobre a Seleção Brasileira masculina, fora de uma semi dos Jogos pela primeira vez desde Sydney-2000
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– Jogadores mais experientes da Seleção longe do auge
– Jogadores mais jovens com pouca rodagem no nível internacional
– Chegada de mais times ao top mundial
– Mudança na “cultura” e na forma de jogar
– Saque dos rivais muito mais eficiente
– Troca de comando durante o ciclo
– Superliga aquém dos outros principais torneios de clubes
– Revelar menos talentos do que no passado

Não sou o autor da lista acima, apesar de concordar com ela. Os itens foram compilados das entrevistas com jogadores da Seleção masculina e com Bernardinho depois da eliminação nas quartas de final dos Jogos de Paris para os Estados Unidos, nesta segunda-feira (5/8). A primeira vez desde Sydney-2000 que o Brasil não chegou às semifinais masculinas. A segunda Olimpíada seguida sem medalha depois de cinco seguidas no pódio.

Com aspectos internos muito importantes e fatores externos relevantes, a lista mostra o tamanho da montanha que precisa ser escalada no ciclo Los Angeles-2028 para a Seleção masculina voltar a figurar como protagonista.

O Brasil errou no planejamento e na execução neste ciclo. Em 2024, dez derrotas e sete vitórias somando VNL e Jogos de Paris ajudam a entender o momento ruim. Junte a isso a evolução mundo afora, com a entrada de novos “grandes”, e tenha essa tempestade perfeita.

Apontar o dedo para 3 ou 4 nomes resolveria? Eu apenas ganharia alguns likes nas redes sociais. Mas a reflexão precisa bem mais profunda para a tomada das próximas ações pela CBV. Hoje não tem bastado mais bater no peito e dizer “ninguém treina mais do que a gente”. O Brasil precisa admitir que ficou um pouco para trás para voltar a dar novos passos para frente.

Por Daniel Bortoletto, em Paris

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