Campeã da Liga das Nações, em Rimini, e com a volta do técnico Renan Dal Zotto. A Seleção Brasileira masculina de vôlei não poderia estar em melhor momento para a Olimpíada de Tóquio.
Neste domingo, o treinador participou de uma entrevista coletiva virtual organizada pelo COB, em Ota, onde a equipe treina antes da entrada na Vila Olímpica, em dois dias. A estreia será no dia 23, às 23h05 (de Brasília), contra a Tunísia, na Ariake Arena.
Ao falar sobre a recuperação da covid, após mais de um mês de internação, longos períodos de intubação e uma cirurgia vascular na perna, Renan se mostrou empolgado com sua estreia olímpica como técnico.
– Estou muito empolgado, motivado e feliz. O time vem crescendo nesses cinco anos, construindo uma coisa muito bacana. O Brasil é percebido como um dos favoritos ao título e sonhamos com uma medalha de ouro – afirmou Renan, que continua a fazer recuperação cardiorrespiratória no Japão.
Ele confirmou na entrevista que a renovação de votos matrimoniais com a esposa Annalisa está marcado para depois dos Jogos, “um momento para a celebração da vida”.
Ao lado do comandante estavam Lucarelli e Douglas Souza, que relembraram os momentos difíceis vividos durante a internação:
– Foi uma situação muito complicada. Ficamos apreensivos, e receber notícias diariamente era um pouco angustiante – disse Lucarelli.
– O grupo foi maduro e conseguiu tirar uma coisa boa de tudo isso. A gente sabia que ele era forte e ia sair dessa. Virou uma motivação a mais, tínhamos que jogar bem para deixá-lo orgulhoso, para que não passasse raiva – completou Douglas.
Os dois campeões olímpicos na Rio-2016 analisaram o momento da Seleção:
– O time vai chegar na melhor condição, no melhor momento. Fizemos um ciclo muito consistente, acho que todo mundo está chegando em um momento bom fisicamente e mentalmente. O grupo é consistente como um todo, todo mundo se encaixa para ajudar da melhor forma possível – comentou Douglas.
Nos Jogos de Tóquio, a Seleção está no Grupo B ao lado de Argentina, Estados Unidos, França e Rússia, além da Tunísia.
– Em 2016 também tivemos um chaveamento complicado. Quando você passa por elementos assim na fase de grupos chega às finais mais cascudo, pega mais pedreira. Temos plena confiança na nossa equipe tanto dentro quanto fora de quadra – disse Lucarelli.
