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Seleção masculina terá grupo pesado em Tóquio

Após a atualização do ranking mundial, confira esboços dos grupos para Tóquio-2020 no masculino. Brasil já conhece quatro adversários
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Após o término da Copa do Mundo masculina, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) atualizou o ranking mundial. E, como não haverá mudança nos próximos meses, já é possível esboçar as chaves da Olimpíada de Tóquio.

E o Brasil, campeão da Copa e líder do ranking, não deverá ter vida fácil nos Jogos Olímpicos.

Vou repetir as explicações feitas semanas atrás, para o feminino (veja aqui as possibilidades), para tentar não deixar dúvidas sobre a formação dos grupos, caso não haja modificação no regulamento:

– O país-sede é o cabeça de chave do Grupo A. Neste caso, o Japão

– Levando em consideração a colocação no ranking, a distribuição dos demais é feita de dois em dois, começando a partir do Grupo B. Ou seja, os dois líderes estarão juntos: Brasil e Estados Unidos.

– Na sequência, os dois melhores colocados já garantidos em Tóquio se juntarão aos donos da casa no A: Polônia e Itália.

– A Rússia, quinta colocada, e a Argentina, sexta, irão para a chave de brasileiros e americanos. Isso é o que dá para cravar até agora. Daí para frente será preciso esperar os Pré-Olímpicos de janeiro. Mas é possível fazer suposições.

– O Canadá, sétimo colocado, e o Irã, oitavo, irão para o Grupo A caso vençam as seletivas da Norceca e da Ásia. Em tese, são mesmo os favoritos. Se canadenses e iranianos realmente carimbarem os passaportes, o vencedor do esperado Pré-Olímpico Europeu poderá ir para a chave do Brasil. E aí é enorme a possibilidade do famoso grupo da morte, imaginando a classificação de França ou Sérvia, por exemplo. Parem e pensem: Brasil, EUA, Rússia, Argentina e França ou Sérvia? Tirem as crianças da sala, já diria o poeta!

– E existe uma série de probabilidades na sequência. Vou exemplificar algumas. O Canadá perde o Pré-Olímpico da Norceca para Cuba. O Irã vence o Asiático. A Sérvia fatura o Europeu e o Egito leva o Africano. Neste cenário, teríamos Irã (8º) e Sérvia (11º) no Grupo A. Egito (12º) e Cuba (18º) no B, o do Brasil. Se der uma zebra na Europa, com a classificação da Eslovênia (17º), mantendo os demais acima, os europeus iriam para o lugar dos egípcios no Grupo B.

– Por fim, completaria o grupo japonês o representante do Pré-Olímpico sul-americano, provavelmente, o Chile.

Na minha projeção, as duas chaves em Tóquio-2020 ficariam assim (entre parênteses, a posição no ranking da FIVB):

Grupo A
Japão (10)
Polônia (3)
Itália (4)
Irã (8)
França (9) ou Sérvia (11)
Chile (37)

Grupo B
Brasil (1)
EUA (2)
Rússia (5)
Argentina (6)
Egito (12)
Cuba (18)

Por Daniel Bortoletto

Tags: Tóquio-2020

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