Convocados pela Seleção Brasileira para a disputa do Sul-Americano, Lucão e Adriano, ambos do Vôlei Renata, passarão por experiências diferentes na competição quando a bola subir, a partir do dia 1 de setembro, em Brasília. Enquanto o experiente central, uma das lideranças e referências da atual geração, vai para sua sexta disputa continental, o jovem ponteiro, de apenas 19 anos, disputará seu primeiro torneio com o time principal.
Adriano e Lucão foram adversários na temporada passada, mas “se encontraram” pela primeira vez na seleção dos melhores da última Superliga. Na temporada 21/22, terão oportunidade de serem companheiros no Vôlei Renata. Antes, porém, eles se juntam em Saquarema para a preparação do Sul-Americano.
– Eu fico acompanhando esses grandes jogadores, como o Lucão, jogando e treinando. Saber que vou estar junto com eles é incrível. Eu quero aprender tudo. Vou estar com os melhores do nosso país e até o menor conselho que eu receber, sei que vai ser para ajudar na minha evolução e no meu crescimento como pessoa e como atleta – avalia Adriano.
Desde o final da última Superliga, Adriano virou presença constante no Centro de Treinamento de Saquarema. Ele teve a primeira experiência na equipe principal em abril, quando foi chamado para um período de treinos em Saquarema. Em seguida, emendou os treinamentos com o time nacional sub-21, que disputará o Mundial da categoria no final de setembro.
– É uma mistura de sentimentos. Estou super feliz, ansioso e grato por tudo que eu venho fazendo desde que comecei a praticar vôlei. Vou me empenhar e quero aprender muito com eles – complementa o ponteiro.
Com cinco torneios continentais no currículo e, consequentemente, cinco títulos (2009, 2011, 2013, 2015 e 2017), Lucão se lembra do seu primeiro Sul-Americano. Em 2009, com 23 anos, o central fez parte do elenco que bateu a Argentina, por 3 a 2, em Bogotá, na Colômbia. Levantador do Vôlei Renata e futuro companheiro do camisa 16, Demian González, estava do outro lado da rede, como adversário.
– Lembro da dificuldade em Bogotá. Como o ar era rarefeito era impossível sacar. Quase ninguém conseguiu durante todo o campeonato. Fizemos uma final duríssima contra a Argentina, que tinha um grande time, quase perdemos, mas acabamos ganhando – relembra o central.
Um dos jogadores mais experientes do grupo que vai defender o título sul-americano em Brasília, Lucão enalteceu a possibilidade de estar ao lado de Adriano na Seleção Brasileira.
– Muito legal ver a renovação, ver novos talentos aparecendo tão rápido, como é o caso do Adriano. Uma chance bacana para ele treinar, pegar o ritmo, ver como funciona, todo esse processo de seleção. O Adriano tem um futuro gigantesco pela frente, se trabalhar certo, correr atrás e vai chegar longe – comenta o Lucão, que ainda brincou sobre o processo de renovação.
– Ver esse pessoal chegando é estranho. A gente vai vendo que estamos ficando velhos, mas faz parte. A gente fica feliz que essa renovação tenha atletas do nível do Adriano.